Desemprego nos EUA sobe ao maior nível em 4 anos e pressiona decisões do Fed

Taxa de desemprego nos EUA sobe a 4,6%, pressionando decisões do Fed sobre juros e sinalizando possível corte em 2026.
21/12/2025 às 09:42 | Atualizado há 14 horas
               
Payroll de out/nov desafia manutenção prolongada dos juros nos EUA, dizem em Wall Street. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu 4,6% em novembro, o maior índice em mais de quatro anos. Apesar da criação de 64 mil empregos, houve um corte significativo de vagas em outubro e revisões negativas nos meses anteriores, indicando uma estagnação do mercado de trabalho.

O aumento do desemprego foi impulsionado principalmente pelas demissões no setor público, que perdeu 271 mil empregos até novembro. O setor privado mostrou estabilidade, mas o cenário geral desafia a pausa nos juros do Federal Reserve, que pode considerar cortes em 2026 diante do desaquecimento.

Autoridades do Fed, incluindo Jerome Powell, reconheceram a superestimação na geração de empregos. Analistas alertam para dados menos confiáveis devido ao shutdown governamental, e o próximo relatório oficial será decisivo para futuras políticas do banco central.

Os Estados Unidos registraram um aumento da taxa de desemprego em novembro, atingindo o nível mais alto em mais de quatro anos, em 4,6%. Apesar da criação de 64 mil empregos no mês, o resultado aparece após um corte acentuado de 105 mil vagas em outubro e revisões negativas para meses anteriores. Esses números indicam uma estagnação no mercado de trabalho do país.

O principal impacto veio das demissões no governo federal, com o presidente Donald Trump reduzindo o quadro de funcionários ao menor patamar em uma década. Entre janeiro e novembro, o setor público perdeu 271 mil empregos, enquanto o setor privado apresentou um desempenho mais estável.

O aumento do desemprego desafia a recente pausa nos juros anunciada pelo Federal Reserve (Fed). Economistas entendem que o relatório do mercado de trabalho pode levar a cortes antecipados nas taxas de juros em 2026, refletindo a necessidade do Fed agir diante do desaquecimento.

Jerome Powell, presidente do Fed, destacou que a geração de empregos foi superestimada, sugerindo uma perda efetiva de vagas desde abril. Apesar disso, analistas apontam que os dados podem ser menos confiáveis devido ao impacto do shutdown do governo.

Instituições financeiras como Pimco e Oxford Economics mantêm a expectativa de uma postura cautelosa do Banco Central americano, com estímulos sendo considerados para o primeiro semestre de 2026, desde que a situação do desemprego se estabilize.

O próximo relatório oficial sobre o emprego será divulgado em 9 de janeiro de 2026, servindo como indicativo para futuras decisões do Fed.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.