O Brasil enfrenta uma intensa competição entre Estados Unidos e China, especialmente em setores estratégicos como infraestrutura digital, mineração e telecomunicações. A presença americana ainda é predominante devido a grandes investimentos diretos, enquanto a influência chinesa cresce com plataformas digitais e participação significativa no 5G.
Além do setor tecnológico, a mineração e o comércio também são pontos centrais dessa disputa, com a China sendo o maior fornecedor do Brasil e os EUA investindo em minerais estratégicos. A balança comercial brasileira com China apresenta redução do superávit, indicando mudanças na dinâmica econômica.
Esses movimentos destacam o Brasil como um território de crescente importância para potências globais, com impactos relevantes no desenvolvimento econômico e na diversificação dos parceiros comerciais do país.
O Brasil se tornou palco de uma intensa disputa entre os Estados Unidos e a China, destacando-se em diversos setores, como infraestrutura digital, mídia social e mineração. Embora a influência americana ainda predomine devido ao elevado investimento estrangeiro direto, a presença chinesa está ganhando espaço, especialmente em áreas estratégicas do mercado.
No campo da tecnologia, cerca de 60% das operações digitais brasileiras estão hospedadas em datacenters nos EUA, principalmente na Virgínia. Grandes investimentos foram anunciados, como os R$ 14,7 bilhões da Microsoft e os R$ 10,1 bilhões da Amazon, visando expansão local. Entretanto, plataformas chinesas como TikTok, com 90 milhões de usuários, e Kwai, com 60 milhões, reforçam a forte adoção de serviços do país asiático no Brasil.
A infraestrutura de telecomunicações é outro ponto de destaque: a Huawei detém cerca de 44% das redes 5G brasileiras, além de quase 40% em outros segmentos. Na mineração, a competição se intensifica; a chinesa MMG adquiriu negócios bilionários, enquanto os EUA investiram meio bilhão de dólares na mineradora Serra Verde, em Goiás, focada em terras raras.
Em comércio, a China é o maior fornecedor do Brasil, respondendo por aproximadamente 25% das importações, que incluem eletrônicos, vestuário, medicamentos e veículos elétricos. No entanto, a balança comercial com a China mostra redução do superávit brasileiro, que passou de US$ 50 bilhões em 2023 para US$ 27 bilhões em 2025.
Esse cenário evidencia uma competição crescente entre potências econômicas no Brasil, com impactos que vão desde o setor digital até os mercados de commodities e energia. A diversificação dos parceiros comerciais vem se mostrando um desafio constante para o país.
Via Folha de S.Paulo