Itaú projeta pausa nos cortes de juros do Fed até escolha de novo presidente

Itaú prevê pausa nos cortes de juros do Fed até definição do novo líder, com impacto na economia dos EUA.
21/12/2025 às 17:41 | Atualizado há 6 horas
               
Fed pode pausar cortes de juros até escolha do novo presidente da instituição. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Federal Reserve dos EUA deve suspender os cortes de juros até a nomeação do novo presidente, segundo análise do Itaú. O banco aponta estabilidade na economia e inflação acima do esperado como motivo para essa pausa.

O Itaú projeta desaceleração no crescimento do PIB no fim de 2023, com previsão de expansão de 1% no último trimestre. Para 2024, a expectativa é de cortes de juros que levariam a taxa para 3% a 3,25%.

A instituição destaca ainda o mercado de trabalho estável, com criação moderada de empregos, e a inflação persistente, podendo influenciar futuras decisões do Fed sobre juros.

O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos tende a suspender o ciclo de cortes de juros até que o novo presidente da instituição seja nomeado, segundo o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita. A expectativa se baseia na manutenção da atividade econômica, estabilidade do mercado de trabalho e inflação acima da meta.

O Itaú projeta uma desaceleração temporária do Produto Interno Bruto (PIB), que deve passar de 3% no terceiro trimestre para 1% no último trimestre do ano, devido à paralisação do governo. Para 2026, a previsão é de estabilidade do crescimento em 2%.

Sobre o mercado de trabalho, os indicadores apontam uma acomodação em nível moderado, com criação média de 75 mil vagas mensais no setor privado. Já a inflação permanece elevada, sem muitos sinais claros de desaceleração, com núcleos inflacionários crescendo cerca de 0,2% ao mês.

O Itaú projeta dois cortes de juros para o segundo semestre de 2024, levando a taxa básica para a faixa entre 3% e 3,25%. Mesquita indica que o futuro presidente do Fed pode ser mais tolerante com a inflação e mais sensível à demanda por juros menores, embora a diretoria do banco central deva permanecer dividida.

Existe o risco de que a oposição dentro do Fed diminua, ou que membros sejam substituídos por outros mais permissivos em relação à inflação. Cortes adicionais poderiam estimular o crescimento para 2,2%, mas manter a inflação alta entre 3% e 3,5%, assim como aumentar a inclinação da curva de juros.

Via Money Times

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