Lula inicia o ano liderando narrativas políticas, mas enfrenta desafios em 2025

Lula lidera narrativas políticas no início de 2025, mas desafios no Congresso e pressões internacionais complicam o cenário.
22/12/2025 às 07:09 | Atualizado há 20 horas
               
A tensão política e crise na Venezuela intensificam pressão sobre o governo atual. (Imagem/Reprodução: Redir)

O presidente Lula começa 2025 com uma vantagem nas narrativas políticas, especialmente após o fim das sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes, o que fortalece seu capital político.

Apesar disso, Lula enfrenta desafios complexos, como o PL da Dosimetria aprovado no Senado, que gera controvérsias e pode causar tensões com o Congresso caso seu veto seja derrubado.

Além disso, a relação do Brasil com os EUA e a Venezuela cria um cenário diplomático delicado. A postura do governo brasileiro e os conflitos internos no Legislativo serão determinantes para a estabilidade política e a campanha eleitoral deste ano.

O presidente Lula inicia o ano com uma vantagem nas narrativas políticas, especialmente após o fim das sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes, evento que reforça seu capital político. Ainda assim, desafios permanecem, principalmente pelo custo político que governar impõe, principalmente em um ano eleitoral com interesses diversos no Congresso.

O PL da Dosimetria, aprovado no Senado, que modifica a forma de aplicação das penas referentes aos ataques de 8 de Janeiro, gerou divergências. Enquanto alguns defendem a proposta como um ajuste necessário, outros a veem como facilitadora da impunidade. Nas redes sociais monitoradas pela Palver, 86% das opiniões favoráveis pedem alívio nas penas, muitas alegando “perseguição”. Caso Lula vete o projeto, o Congresso poderá derrubar seu veto, aumentando as tensões políticas.

Para manter governabilidade em um possível próximo mandato, Lula dependerá de uma base senatorial mais alinhada, agravando a pressão tanto do Legislativo quanto da oposição. Na esfera internacional, o tensionamento entre EUA e Venezuela representa um desafio. Com os EUA intensificando ações no Caribe contra petroleiros venezuelanos, o governo enfrenta acusações e riscos diplomáticos.

Essa conjuntura coloca o Brasil em uma posição potencial de mediação regional, mas qualquer descompasso pode prejudicar a popularidade do governo. Em redes sociais, a maior parte reage defendendo a soberania, enquanto uma minoria apoia medidas contra Maduro.

A política externa e os conflitos internos no Congresso devem marcar o ano político, exigindo atenção para evitar impactos negativos na percepção pública e na estratégia eleitoral.

Via Folha de S.Paulo

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