Cosan capta cerca de R$ 2,5 bilhões em caixa com operações derivativas envolvendo a Rumo

Cosan obtém R$ 2,5 bilhões com derivativos ligados à Rumo, mantendo participação econômica na empresa.
22/12/2025 às 19:21 | Atualizado há 4 horas
               
Holding vendeu 10% da Rumo, mantendo exposição econômica via total return swaps. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A Cosan levantou aproximadamente R$ 2,5 bilhões em caixa por meio da venda de quase 10% de sua participação na Rumo, utilizando contratos financeiros chamados total return swap.

Essa operação permite à Cosan manter a exposição econômica às ações da Rumo, transferindo o direito de voto para outra parte, enquanto continua recebendo valorização e dividendos.

A estratégia faz parte de uma reestruturação financeira maior, que incluiu aporte de R$ 10 bilhões liderado pelo BTG Pactual e visa fortalecer o capital do grupo para futuros investimentos.

A Cosan conseguiu transformar cerca de R$ 2,5 bilhões em caixa em menos de uma semana com a venda de aproximadamente 9,94% de sua participação na Rumo, empresa ferroviária que vale R$ 26,9 bilhões na B3. Para isso, utilizou contratos financeiros chamados total return swap, que funcionam como uma alienação fiduciária temporária. Essa operação permite levantar recursos sem perder a exposição econômica às ações da Rumo.

Na prática, a Cosan transfere a titularidade dessas ações a uma contraparte financeira, geralmente bancos, que assume o direito de voto, enquanto a holding continua recebendo a valorização ou desvalorização dos papéis e os dividendos por meio dos contratos derivativos, mediante pagamento de uma taxa.

Após essas movimentações, a participação econômica da Cosan na Rumo permanece inalterada, somando 20,33% em ações diretas e 9,94% via derivativos. Dos derivados, 4,96% foram negociados recentemente, enquanto outros 4,98% foram transferidos em dezembro.

Essa movimentação faz parte da reestruturação financeira do grupo fundado por Rubens Ometto. Nos últimos meses, a Cosan recebeu um aporte de cerca de R$ 10 bilhões liderado pelo BTG Pactual para fortalecer seu capital e aliviar o balanço. Além disso, busca alternativas para injetar outros R$ 10 bilhões na Raízen, sua empresa de combustíveis, que é a mais endividada do grupo.

Via InvestNews

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