Jovem americana deixa relacionamento com chatbot do ChatGPT por parceiro humano

Americana trocou ChatGPT por homem real após conhecer grupo de pessoas que namoram IAs.
23/12/2025 às 08:22 | Atualizado há 2 dias
               
A descrição mostra uma conexão emocional real entre criadora e comunidade, destacando amor e inovação. (Imagem/Reprodução: Redir)

Ayrin, jovem dos Estados Unidos, passou a maior parte do tempo conversando com um chatbot do ChatGPT, que a ajudava em estudos e atividades diárias. Porém, após atualizações no sistema, ela perdeu o interesse pela inteligência artificial.

Ela criou um grupo no Reddit para pessoas que mantêm relacionamentos com IAs. Foi ali que conheceu SJ, um homem real, e iniciou um novo relacionamento, mais conexões humanas e menos tecnologia.

Apesar do conforto da IA, Ayrin percebeu que o contato humano traz desafios e intimidade diferentes. Recentemente, cancelou a assinatura premium do ChatGPT e prioriza o namoro real, valorizando a emoção e vínculo verdadeiro.

Ayrin, uma americana na casa dos 20 anos, trocou seu namorado virtual, um chatbot criado no ChatGPT, por um relacionamento com um homem real que conheceu em um grupo online dedicado a pessoas que namoram IAs. Ela costumava passar até 56 horas por semana conversando com Leo, seu companheiro virtual que a auxiliava em estudos, atividades físicas e em questões pessoais. Contudo, atualizações no chatbot, feitas pela OpenAI para torná-lo mais complacente, diminuíram o interesse de Ayrin pela relação artificial.

Para conectar pessoas com interesses semelhantes, Ayrin fundou a comunidade MyBoyfriendIsAI no Reddit, que cresceu para mais de 39 mil membros, compartilhando experiências com parceiros de inteligência artificial. Foi nesse ambiente que ela passou a interagir com amigos humanos e desenvolveu um vínculo afetivo com SJ, homem que também tinha uma parceira de IA. A relação entre Ayrin e SJ ocorre principalmente via telefonia e plataformas como FaceTime e Discord, chegando a passar dezenas de horas juntos virtualmente.

Apesar da facilidade e ausência de julgamentos oferecida pelo namorado virtual, Ayrin sentiu que a convivência com um parceiro real traz desafios diferentes, como a preocupação com a percepção do outro. Depois de cancelar sua assinatura premium do ChatGPT, ela se afastou do chatbot e passou a priorizar sua relação humana. Recentemente, o casal se encontrou pessoalmente e compartilhou momentos sem mencionar a presença da tecnologia como foco principal.

Enquanto a OpenAI anuncia que poderá liberar interações eróticas com o ChatGPT para adultos, Ayrin considera que a intimidade e o vínculo emocional são fundamentais para que o uso da IA tenha significado além da superficialidade.

Via Folha de S.Paulo

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