Principais bancos centrais promovem maior afrouxamento monetário em mais de 10 anos em 2025

Em 2025, bancos centrais reduzem juros na maior rodada de afrouxamento em mais de uma década.
23/12/2025 às 10:41 | Atualizado há 22 horas
               
Bancos globais e emergentes aceleram cortes de juros; 2026 pode mudar cenário. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Em 2025, os principais bancos centrais como o Federal Reserve, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra reduziram as taxas de juros em uma sequência acelerada de cortes, totalizando 850 pontos-base. Essa movimentação representa o maior afrouxamento monetário desde a crise de 2008.

A estratégia de redução de juros ocorre após anos de alta para conter a inflação, especialmente após os impactos da guerra na Ucrânia. Enquanto a maioria dos bancos centrais diminui juros, o Japão foi a exceção, com aumento nas taxas em 2025. Analistas indicam possíveis mudanças para 2026.

Nos mercados emergentes, o ritmo de cortes foi ainda mais intenso, com mais de 50 cortes totalizando 3.085 pontos-base, liderados por países como Turquia, Índia, México e Chile. O controle da inflação permanece no foco das autoridades, que adotam medidas cautelosas nas próximas decisões.

Em 2025, os principais bancos centrais implementaram o maior movimento de afrouxamento monetário em mais de uma década. Nove das instituições que comandam as 10 moedas mais negociadas, incluindo o Federal Reserve, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra, reduziram suas taxas de juros numa sequência de 32 cortes, totalizando 850 pontos-base. Esse ritmo é o mais acelerado desde a crise financeira de 2008.

Após anos elevando juros para conter a inflação, especialmente após o impacto da guerra na Ucrânia, a estratégia mudou. O Japão foi a única exceção, aumentando sua taxa duas vezes em 2025. Analistas já indicam possibilidades de reversão dessa tendência a partir de 2026, com projeções de países como Canadá e Austrália podendo iniciar uma nova fase de aperto.

No universo das economias em desenvolvimento, o afrouxamento também avançou rapidamente, com 51 cortes na taxa de juros totalizando 3.085 pontos-base, o maior volume desde 2021. Países como Turquia, Índia, México e Chile lideraram essa movimentação, apesar de alguns ainda manterem possibilidade de ajustes futuros.

Especialistas observam que a inflação permanece sob controle na maior parte dos mercados emergentes, com respostas mais pautadas e firmes das autoridades monetárias. A desaceleração no ritmo de cortes em dezembro reflete um ajuste cauteloso, enquanto o mercado acompanha de perto os próximos passos dos bancos centrais do G10 e das economias emergentes.

Via InfoMoney

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