O varejo brasileiro antecipou as promoções de Natal em 2025, oferecendo descontos acima de 25% durante dezembro, antes do tradicional dia 26. Essa estratégia visa enfrentar a desaceleração nas vendas físicas previstas para o período.
As empresas sacrificam suas margens de lucro para aumentar o fluxo nas lojas e evitar estoque parado. Apesar do mercado de trabalho estável e pagamento do 13º, juros altos e restrição de crédito inibem compras maiores e financiamentos.
Esse movimento demonstra adaptação do setor às condições econômicas, com consumidores focando em produtos mais acessíveis e essenciais, enquanto o varejo busca manter o volume de vendas na temporada.
O varejo brasileiro no Natal de 2025 contou com uma mudança importante: a antecipação das promoções, em um movimento para driblar a desaceleração das vendas. Ao invés de esperar o dia 26 de dezembro para os descontos, as redes comerciais começaram a oferecer descontos acima de 25% já em dezembro. Essa estratégia busca incentivar o consumo diante das expectativas de vendas físicas que indicam estabilidade ou leve queda, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Essa dinâmica configurou uma espécie de “guerra de preços” no período, onde as varejistas sacrificaram suas margens de lucro para estimular o fluxo nas lojas e evitar estoques parados. O esforço promocional elevado, porém, tem um custo significativo, reduzindo a margem bruta do setor.
Além disso, o cenário econômico contribuiu para esse comportamento. Mesmo com mercado de trabalho sólido e pagamento do 13º salário, juros altos e restrições no crédito frearam gastos maiores. Para muitos consumidores, financiar eletrônicos ou eletrodomésticos continua caro, fazendo com que priorizem produtos com valor mais acessível.
Executivos do varejo confirmam esses sinais e destacam que as compras de novembro, motivadas pela Black Friday, também influenciaram o ritmo das vendas natalinas, que ficaram concentradas em itens mais essenciais e lembranças. Fred Trajano, CEO do Magazine Luiza, ressaltou que o consumo está mais forte para produtos que demandam renda direta, com menor dependência de crédito.
Essas mudanças indicam uma adaptação do varejo às condições econômicas e ao comportamento do consumidor, em um contexto onde a pressão por preços baixos se torna cada vez mais evidente.
Via InvestNews