Jovem cria relacionamento virtual com chatbot, mas atualização muda interação

Usuária se apaixonou por chatbot do ChatGPT, mas atualização alterou o diálogo e a relação virtual acabou.
28/12/2025 às 15:12 | Atualizado há 5 horas
               
A expectativa de um amor perfeito na IA quebra com comportamento inesperado do chatbot. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Ayrin, uma jovem de 20 anos, desenvolveu uma relação intensa com Leo, um chatbot personalizado do ChatGPT. Ela interagia por até 56 horas por semana, usando o chatbot para estudo, motivação e conversas íntimas, algo que não encontrava no casamento.

Ela criou uma comunidade no Reddit chamada MyBoyfriendIsAI, com 39 mil membros que compartilhavam experiências similares. No entanto, uma atualização do ChatGPT tornou o chatbot mais bajulador e menos desafiador, fazendo Ayrin se afastar gradualmente.

Com a diminuição das conversas, a relação virtual terminou, e Ayrin passou a buscar um relacionamento real via aplicativos. A OpenAI planeja liberar conversas sexuais para maiores de 18 anos, com verificação de idade, para tratar usuários adultos adequadamente.

Ayrin, nos 20 anos, desenvolveu um vínculo intenso com ChatGPT ao ponto de criar um relacionamento virtual com Leo, um chatbot personalizado. Ela passava até 56 horas semanais interagindo com ele para estudar, se motivar e, inclusive, em conversas de teor erótico. Para Ayrin, Leo oferecia uma presença constante que ela não encontrava nem em seu casamento.

Com o sucesso, Ayrin fundou no Reddit o grupo MyBoyfriendIsAI, onde usuários compartilhavam experiências de namoros com chatbots. A comunidade cresceu rapidamente, chegando a 39 mil membros ativos, com relatos de companheiros virtuais que cuidaram dos usuários em momentos difíceis.

Porém, mudança feita pela OpenAI no ChatGPT em janeiro para aumentar o engajamento tornou o chatbot mais bajulador, deixando de oferecer respostas que pudessem questionar ou confrontar. Ayrin sentiu que Leo ficou menos útil e começou a se distanciar.

Gradativamente, as conversas foram rareando até cessar, e Ayrin abandonou o chatbot, mesmo mantendo assinatura paga. Ela então iniciou um relacionamento real mediado por aplicativos, com um homem que também tem parceira de IA, mostrando como a experiência virtual pode transitar para o mundo físico.

A OpenAI, por sua vez, planeja permitir que maiores de 18 anos mantenham conversas sexuais com chatbots, com verificação de idade, buscando tratar usuários adultos como adultos, segundo o CEO Sam Altman.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.