Um estudo recente publicado na revista Nature Metabolism trouxe dados que questionam a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso de adoçantes artificiais para controle de peso e prevenção de doenças crônicas. A pesquisa, parte do projeto SWEET financiado pela União Europeia, avaliou o impacto do consumo prolongado desses ingredientes em adultos com sobrepeso ou obesidade, dentro de uma dieta equilibrada e com redução de açúcar.
Durante um ano, os participantes foram divididos entre grupos que consumiram adoçantes e aqueles que mantiveram uma dieta com açúcar reduzido, mas sem substitutos artificiais. O grupo que utilizou adoçantes apresentou uma perda de peso ligeiramente maior, de cerca de 1,6 kg a mais, além de mudanças na composição da microbiota intestinal, sem prejuízos na diversidade bacteriana. Também houve redução no IMC e no colesterol, embora algumas medidas tenham perdido significância ao final do estudo.
Apesar dos resultados, o trabalho aponta limitações, como a alta taxa de desistência e possíveis efeitos do monitoramento na alimentação dos voluntários. Ainda foi observado que o consumo isolado de adoçantes não promove perda de peso substancial, mas pode facilitar a adesão a dietas por permitir a substituição de açúcares calóricos por opções menos calóricas.
Importante destacar que produtos dietéticos com adoçantes não são necessariamente saudáveis, pois podem conter outros componentes que comprometem a qualidade nutricional, como sódio e gorduras saturadas. Assim, o consumo desses produtos deve ser moderado, dentro de um padrão alimentar equilibrado.
Este estudo oferece um panorama mais detalhado sobre o papel dos adoçantes artificiais em dietas saudáveis, ressaltando a necessidade de análises cuidadosas sobre seus benefícios e limites.
Via Super