A Warner Bros. está no centro de uma disputa entre a Netflix e a coalizão Paramount-Skydance para aquisição. Essa batalha indica uma possível transformação profunda no setor cinematográfico, com impacto direto nas salas de cinema tradicionais.
O mercado enfrenta dificuldades, com estagnação nas bilheterias e modelo de Hollywood em crise. No Brasil, a Paramount, que controla a rede UCI, pode vender a operação, o que reforça o cenário de cortes e menos investimentos em cinemas físicos.
Essa disputa levanta dúvidas sobre o futuro do cinema presencial, já que tanto plataformas digitais quanto dívidas elevadas afetam a oferta e diversidade de filmes exibidos, privilegiando franquias consolidadas em detrimento da inovação.
A disputa pelo controle da Warner Bros. está em seu ponto mais crítico, com Netflix e a coalizão Paramount-Skydance brigando pela aquisição. Independentemente do resultado, o futuro do setor de cinemas provavelmente será marcado por escassez e incerteza, já que o modelo tradicional de Hollywood enfrenta desafios estruturais significativos.
Historicamente, a Warner fornecia cerca de 22 lançamentos anuais para as salas de cinema, mas mudanças recentes indicam uma perda de fôlego desse formato, diante de compradores que priorizam plataformas digitais ou que carregam grandes dívidas. As bilheterias americanas continuam estagnadas em torno dos US$ 8,3 bilhões, distantes dos US$ 11 bilhões pré-pandemia.
A Netflix, que lidera a oferta inicial, tenta manter a relação com os cinemas ao cumprir os contratos vigentes até 2029, mas há dúvidas se essa postura será permanente. Por outro lado, a Paramount oferece US$ 30 por ação, superando a Netflix, e conta com o apoio financeiro de Larry Ellison para a compra, mas enfrenta risco de endividamento elevado, o que pode limitar investimentos e reduzir a diversidade dos filmes exibidos, privilegiando apenas franquias consolidadas como Harry Potter e DC Comics.
O mercado já demonstra pessimismo: ações de grandes redes de cinema como Cinemark e AMC caíram significativamente. No Brasil, a Paramount controla a rede UCI, que pode ser colocada à venda, reforçando que a prioridade do setor é reduzir dívidas e cortar custos, não expandir cinemas físicos. Enquanto isso, o cinema tradicional perde espaço para o streaming, e a incerteza para as salas segue em alta.
Via InvestNews