Ações da Cogna caem mesmo após portaria positiva do MEC para cursos de enfermagem

Ações da Cogna caem apesar de portaria do MEC para cursos de enfermagem a distância. Entenda os impactos e perspectivas para a empresa.
29/12/2025 às 15:20 | Atualizado há 5 horas
               
Ações da Cogna caem mais de 2% e lideram perdas do Ibovespa nesta segunda-feira. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da Cogna (COGN3) recuaram mais de 2% nesta segunda-feira, mesmo após a publicação da Portaria 921/2025 pelo MEC. A portaria altera as regras para cursos de enfermagem na modalidade a distância, agora exigindo a implantação de unidades presenciais e critérios mais rígidos.

Essa mudança visa garantir a qualidade dos cursos, com exigências como número mínimo de alunos e avaliação positiva pelo MEC. Apesar das preocupações, analistas consideram essa portaria um alívio para a Cogna, esperando uma suavização dos impactos financeiros no curto prazo.

A expectativa é que a medida contribua para expansão da receita da empresa a médio prazo, com a oferta de novos cursos e aumento de ingressos presenciais, mesmo diante da queda recente nas ações.

As ações da Cogna (COGN3) caíram mais de 2% nesta segunda-feira (29), entre as maiores quedas do Ibovespa, atingindo R$ 3,14 por volta das 15h. A pressão ocorre após o Ministério da Educação (MEC) publicar a Portaria 921/2025, que altera as regras para os cursos de enfermagem que ainda são oferecidos na modalidade a distância (EAD). Agora, instituições podem solicitar credenciamento de novas unidades presenciais durante o período de transição de dois anos iniciado em maio, desde que cumpram critérios rígidos, como possuir pelo menos 40 alunos matriculados no município e apresentar notas elevadas nas avaliações do MEC.

Essa mudança exige também que as unidades implantem entre um e quatro cursos presenciais relacionados à área da saúde, com vagas limitadas, e priorizem certos pedidos em até 30% do total. Desde maio, a obrigatoriedade de aulas presenciais para enfermagem e demais cursos da área da saúde já preocupa o setor educacional, especialmente a Cogna, que tem 8% dos alunos nesses cursos em EAD.

Porém, analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI interpretam a nova portaria como um alívio para Cogna, potencialmente suavizando impactos financeiros no curto prazo e favorecendo expansão da receita a médio prazo, com aumento de ingressos presenciais e oferta de novos cursos.

A corretora mantém recomendação de compra para as ações da Cogna, com preço-alvo de R$ 4,80, o que representa valorização de quase 50% em relação ao último fechamento de R$ 3,21. No acumulado do ano, COGN3 já valoriza cerca de 240%, sendo a ação de melhor desempenho da bolsa brasileira.

Via Money Times

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