Em 1929, o médico alemão Werner Forssmann realizou a primeira experiência de cateterismo cardíaco em si próprio, desafiando o conhecimento médico da época. Com o apoio da enfermeira Gerda Ditzen, ele introduziu um cateter até seu coração, orientando-se por raio-X.
O procedimento causou polêmica e levou à sua demissão, mas mais tarde foi reconhecido como um marco na cardiologia. Pesquisadores nos Estados Unidos aperfeiçoaram a técnica, consolidando o cateterismo como exame fundamental.
Em 1956, Forssmann foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina, por sua inovação que transformou o diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas no mundo.
Em 1929, o médico alemão Werner Forssmann realizou a primeira experiência de cateterismo cardíaco em si mesmo, uma inovação que mais tarde seria fundamental para a medicina cardiovascular. Na época, o procedimento era usado apenas em partes externas do corpo, e muitos acreditavam que inserir um cateter no coração poderia ser fatal.
Apesar das advertências, Forssmann decidiu testar a ideia sozinho. Com a ajuda da enfermeira Gerda Ditzen, que foi amarrada para parecer parte da cirurgia, ele anestesiou o próprio braço, fez um pequeno corte e introduziu o cateter por cerca de 50 cm até alcançar o átrio direito do coração. Ele utilizou raio-X para guiar e confirmar a posição do tubo em seu corpo.
O procedimento, inicialmente recebido com ceticismo, rendeu a Forssmann a demissão do hospital onde trabalhava. No entanto, seu trabalho foi redescoberto anos depois por pesquisadores americanos que o aperfeiçoaram e o aplicaram em pacientes.
Em 1956, Forssmann recebeu o Prêmio Nobel de Medicina junto com colegas que ampliaram o uso do cateterismo, método que permite visualizar artérias e câmaras cardíacas em tempo real, ajudando a diagnosticar diversas condições.
O gesto audacioso de Forssmann não só abriu caminho para um dos exames mais realizados no mundo como também exemplifica o impulso humano para a descoberta, mesmo diante de riscos significativos.
Via Super