O uso de drones de combate tem se intensificado em conflitos recentes, devido ao seu baixo custo e alto poder destrutivo. Um levantamento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) revela um aumento no número de países que investem nessas armas. Em 2022, 38 nações possuíam drones de combate, saltando para 54 em 2024. O Brasil, por enquanto, não integra essa lista, possuindo apenas aeronaves não tripuladas para monitoramento.
A crescente busca por drones de combate se justifica pela sua versatilidade e eficácia em diversas operações militares. Esses equipamentos podem ser empregados tanto em ataques diretos quanto em missões de vigilância e reconhecimento, ampliando as capacidades estratégicas das forças armadas.
De acordo com o IISS, os drones de combate se dividem em duas categorias principais. A primeira engloba aeronaves de combate, vigilância, inteligência e reconhecimento, capazes de realizar uma ampla gama de missões, incluindo ataques terrestres e monitoramento de áreas e inimigos.
A segunda categoria compreende os modelos de ataque unidirecional, que combinam características de drones convencionais e mísseis de cruzeiro. Esses equipamentos podem buscar alvos específicos e atacá-los diretamente, dependendo da missão.
As dimensões, velocidades e autonomias dos drones de combate variam conforme o modelo. Alguns possuem cerca de 3 metros de comprimento, voam a 200 km/h e alcançam até 1.000 km de distância. Outros, maiores, podem chegar a 15 metros de comprimento, atingir velocidades acima de 500 km/h e alcançar alvos a 5.000 km de distância.
O armamento utilizado pelos drones de combate também varia, com alguns modelos combinando diferentes mísseis e cargas explosivas de tamanhos variados. Além disso, alguns drones de combate contam com recursos que dificultam a detecção por radares.
Entre os modelos de drones de combate mais utilizados atualmente, destacam-se:
* Caihong-4B: Fabricado na China, possui 3,5 metros de comprimento, pesa cerca de 1 tonelada e pode carregar até seis mísseis ou 345 kg de carga. Alcança 435 km/h e tem alcance de 5.000 km.
* Wing Loong II: Também de origem chinesa, tem 11 metros de comprimento e 20 metros de envergadura. Voa a 370 km/h, alcança 2.000 km de distância e pode transportar até 1 tonelada de mísseis e bombas.
* MQ-9 Reaper: Fabricado nos EUA, opera a 15 km de altura, voa a 444 km/h e tem alcance de 1.850 km. É compatível com diversos mísseis e possui sensores avançados para localização de alvos.
* Bayraktar TB2: De origem turca, alcança 1.850 km de distância, voa a 222 km/h e a 7.500 metros de altura. Carrega mísseis guiados a laser e possui modos de piloto automático.
* Shahed 136: Drone de ataque iraniano, mais compacto, com 3,5 metros de comprimento. Viaja em baixa altitude por até 1.500 km a 185 km/h, dificultando o rastreamento por radar. Carrega uma ogiva de até 40 kg.
O investimento em drones de combate continua a crescer globalmente, refletindo a importância estratégica dessas armas nos conflitos modernos. O Brasil, atento a essa tendência, busca aprimorar suas capacidades de monitoramento com aeronaves não tripuladas.
Via TecMundo