Briga na Câmara de Vitória: presidente Goggi promete ação contra Piquet

Briga na Câmara de Vitória: presidente Goggi e seu antecessor, Leandro Piquet, se enfrentam em conflito público por nomeações e gestão. Saiba mais!
14/03/2025 às 09:05 | Atualizado há 4 meses
Briga na Câmara de Vitória
Presidente se ira em plenária e critica severamente seu antecessor. (Imagem/Reprodução: Es360)

Na sessão da Câmara de Vitória de quarta-feira (12), o clima esquentou. O presidente Anderson Goggi (PP) confrontou publicamente seu antecessor, Leandro Piquet (PP), também de seu partido. A briga na Câmara de Vitória ganhou destaque após Goggi declarar à imprensa: “A hora que ele intervir, eu vou pra dentro dele!”.

A raiz da briga na Câmara de Vitória está em duas nomeações. A primeira envolve a saída de Swlivan Manola, ex-procurador-geral da Casa, para o Tribunal de Contas do Estado (TCES). Uma nota jornalística sugeriu que Piquet teria influenciado essa nomeação, o que irritou Goggi. A segunda nomeação, por Goggi, de Lara Rodrigues Ferreira Araújo para diretora de Processo Legislativo. Lara é casada com o deputado estadual Pablo Muribeca e trabalhou no gabinete de Piquet, com salário de R$ 6 mil. Seu novo cargo tem remuneração de R$ 8.079,28, mais auxílio-alimentação, para uma jornada de 40 horas semanais.

Durante a sessão, Goggi acusou Piquet de tentar interferir na gestão da Câmara. Ele também criticou problemas deixados pela administração anterior, como contratos malfeitos. Um exemplo é o contrato de ar-condicionado, que deixou os vereadores no calor durante as primeiras sessões do ano. Outro ponto de atrito: um contrato renovado com a empresa responsável pela recepção, que segundo Goggi, vem atrasando os pagamentos de funcionários.

Goggi ainda reforçou que Lara Araújo deverá trabalhar como qualquer outro diretor e negou favorecimento na nomeação. Ele garantiu que não permitirá interferências externas na Câmara. A reação de Goggi surpreendeu colegas. Já Piquet preferiu não se pronunciar sobre a briga na Câmara de Vitória. Afirmou ter uma boa relação com Goggi e que a situação não passou de um mal-entendido. Ele negou qualquer envolvimento na ida de Swlivan para o TCES.

O ex-presidente da Câmara foi o único vereador de Vitória que não disputou a reeleição no ano passado.

Goggi detalhou seus motivos para a briga na Câmara de Vitória. Reclamou da falta de contrato para ar-condicionado ao assumir o cargo e de contratos problemáticos. Ele acusou Piquet de pressioná-lo por meio de terceiros para manter aliados em cargos de chefia. Citou o caso de Ingrid Zouain Vargas, exonerada em 2 de janeiro, um dia após a posse de Goggi.

A saída de Swlivan Manola da procuradoria-geral intensificou a briga na Câmara de Vitória. A vaga, com remuneração de R$ 15 mil, é influente nos processos da Câmara. O subprocurador, Marco Antonio Guerra, é ligado a Piquet, mas Goggi planeja um processo seletivo para o cargo. A vaga de procurador-geral, com remuneração de cerca de R$ 15 mil, é alvo de disputa. Goggi afirmou que busca novos nomes para o cargo.

Swlivan confirmou sua ida para o TCES por meio de processo seletivo, com análise de currículo, entrevista e prova escrita. Ele tomou posse na última quarta-feira. Goggi defende a nomeação de Lara e diz que ela terá de mostrar serviço. Ele afirma que avaliará o desempenho de todos os diretores, sem privilégios.

A situação na Câmara de Vitória continua tensa após o confronto entre o presidente Anderson Goggi e seu antecessor, Leandro Piquet. A disputa por cargos e a gestão administrativa são os principais pontos de divergência. Resta saber como essa briga na Câmara de Vitória afetará o trabalho legislativo.

Via ES360

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.