José Sarney reflete sobre sua presidência e a marca da deposição em entrevista

José Sarney entrevista: relembre a trajetória política do ex-presidente, seus desafios na transição democrática e reflexões sobre o Brasil. Saiba mais!
15/03/2025 às 10:18 | Atualizado há 3 meses
José Sarney entrevista
José Sarney, aos 94 anos, caminha com determinação apesar das dificuldades. (Imagem/Reprodução: Eshoje)

Em Brasília, **José Sarney entrevista** e compartilha memórias e reflexões sobre a história política brasileira. Aos 94 anos, o ex-presidente recebe amigos e personalidades de diversos espectros políticos em sua residência, onde concede entrevistas e relembra momentos cruciais de sua trajetória. Sua lucidez e espírito conciliador permanecem notáveis, mesmo com a fragilidade física.

Em conversa, José Sarney recorda os desafios enfrentados durante a transição democrática, após a hospitalização e falecimento de Tancredo Neves. Ele relembra o convite para integrar a chapa com Tancredo, a superação de um período de depressão e a relação com os militares. O ex-presidente também aborda o Plano Cruzado e a atual falta de lideranças políticas no Brasil.

José Sarney expressa arrependimento pelas críticas feitas a Juscelino Kubitschek e comenta as acusações de ter favorecido parlamentares para aprovar seu mandato de cinco anos. Ele defende a Constituição de 1988, promulgada durante seu governo, e sua crença na estabilidade das instituições democráticas.

Ao ser questionado sobre o governo Lula, Sarney afirma que o presidente tem sido excelente, apesar dos desafios enfrentados. Ele também critica a falta de lideranças políticas no país, resultado, segundo ele, da extinção dos partidos políticos durante o regime militar. Sarney ainda comenta sobre a obra “Ainda Estou Aqui”, destacando a atuação de Fernanda Torres ao interpretar Eunice Paiva.

Questionado sobre como gostaria de ser lembrado, José Sarney afirma que deseja ser lembrado como o presidente que liderou a transição democrática no Brasil e que garantiu a implantação de um regime democrático duradouro. Ele ressalta seu papel de conciliador e de homem do diálogo, que sempre acreditou nas instituições democráticas.

O ex-presidente enfatiza que a democracia não morreu em suas mãos e que o Brasil se mantém como a segunda maior democracia do mundo ocidental. Ele destaca momentos importantes da transição democrática, como sua saída do PDS, a formação da Frente Liberal, a eleição de Tancredo Neves e sua posse interina após a hospitalização de Tancredo. José Sarney menciona ainda a morte de Tancredo, a instalação da Assembleia Constituinte e a promulgação da Constituição de 1988.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.