Cientistas determinam a idade de esqueleto de criança com traços de humano e neandertal

Idade de esqueleto de criança: descoberta revela detalhes da coexistência entre humanos e neandertais em Portugal. Saiba mais sobre a pesquisa!
15/03/2025 às 14:34 | Atualizado há 5 meses
Idade de esqueleto de criança
Ossos descobriram segredos sobre a convivência de hominídeos em Portugal. (Imagem/Reprodução: Super)

A descoberta da **idade de esqueleto de criança** com traços genéticos tanto de humanos quanto de neandertais, ocorrida em Portugal, reacende o debate sobre a coexistência e miscigenação entre as duas espécies. Essa descoberta impulsiona novas pesquisas sobre a evolução humana.

Arqueólogos encontraram, há mais de 25 anos, os restos mortais de uma criança no Vale do Lapedo, em Portugal. Os ossos apresentavam uma mistura de características de humanos e neandertais, o que levantou questionamentos sobre a interação entre as duas espécies. A confirmação de que humanos modernos compartilham DNA com os neandertais só veio dez anos depois, com o sequenciamento do genoma neandertal.

Um estudo publicado na Science Advances trouxe novas informações sobre a **idade de esqueleto de criança**. Os pesquisadores estimam que a criança foi enterrada há cerca de 27.780 e 28.550 anos. Essa descoberta ajuda a entender melhor a relação entre o Homo sapiens e o Homo neanderthalensis.

As análises do fóssil revelaram que a criança possuía um esqueleto com características predominantemente humanas. No entanto, as proporções do corpo, maxilar e osso occipital apresentavam características semelhantes às dos neandertais. A datação foi realizada com técnicas apropriadas para amostras arqueológicas contaminadas.

Para determinar a **idade de esqueleto de criança**, os cientistas isolaram um aminoácido específico do colágeno dos ossos, chamado hidroxiprolina. A pesquisadora Bethan Linscott, da Unidade de Acelerador de Radiocarbono de Oxford, explicou que a hidroxiprolina funciona como uma “impressão digital” do colágeno, o que garante que o carbono analisado provém diretamente do osso, e não de contaminação externa, conforme relatado ao site Gizmodo.

Essa mesma técnica foi utilizada em outros artefatos encontrados na cova, como ossos de coelho e de cervos-vermelhos. Os resultados indicaram que os ossos de cervos eram mais antigos que os da criança, sugerindo que já estavam no local quando o esqueleto foi enterrado, ou que foram utilizados para posicionar o corpo. Já os ossos de coelho datavam da mesma época da criança e podem ter sido adicionados como oferenda.

De acordo com o estudo, os humanos pré-históricos viveram no Vale do Lapedo por pelo menos 300 anos, devido à facilidade de abater animais. Após o enterro da criança, o local foi abandonado por mais de 2.000 anos. Acredita-se que a morte da criança pode ter influenciado essa decisão.

Essas descobertas permitem uma maior compreensão sobre a interação entre as diferentes espécies de hominídeos e a evolução humana. A determinação da **idade de esqueleto de criança** com características híbridas é fundamental para entendermos a nossa história.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.