Entender por que os bebês exibem aquela pele macia e sem imperfeições, diferente dos adolescentes e adultos, é uma curiosidade comum. A resposta está ligada ao desenvolvimento hormonal e à atividade das glândulas sebáceas. Exploraremos as razões por trás dessa ausência de espinhas em bebês e o que acontece em casos raros de acne neonatal.
A principal razão pela qual os bebês geralmente não têm espinhas reside na quantidade reduzida de hormônios que estimulam as glândulas sebáceas. Estas glândulas são responsáveis pela produção de sebo, uma substância oleosa que, em excesso, pode obstruir os poros e levar à formação de cravos e espinhas. A produção significativa desses hormônios tem início, geralmente, entre os 10 e 12 anos, período em que se manifesta a acne adolescente.
Outro fator importante é a atividade bacteriana na pele e o pH. Em adolescentes, o aumento da atividade de bactérias como a Propionibacterium acnes, juntamente com alterações no pH da pele, contribui para o surgimento da acne. Quando as glândulas sebáceas ficam obstruídas por células mortas, o sebo se acumula, formando cravos brancos e pretos. Se a região fica inflamada ou infectada, as espinhas vermelhas aparecem.
Curiosamente, alguns recém-nascidos podem apresentar acne neonatal. Essa condição ocorre devido à transferência de hormônios maternos, como o estrogênio, para o bebê, estimulando as glândulas sebáceas logo após o nascimento. A boa notícia é que essa acne neonatal costuma desaparecer espontaneamente em algumas semanas, sem necessidade de tratamento.
Em casos raros, a acne em bebês pode ser um motivo de preocupação. Os pais devem procurar um pediatra ou dermatologista se a acne do bebê for muito severa, persistir após a sexta semana de vida ou apresentar sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço e pus. Sintomas como febre e irritabilidade também merecem atenção médica.
Para mais informações sobre cuidados com a pele do bebê e acne neonatal, consulte um profissional de saúde qualificado.