Cinco ex-prefeitos do Espírito Santo foram nomeados para cargos comissionados na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. A nomeação dos ex-prefeitos em cargos comissionados ocorreu após deixarem suas respectivas prefeituras no último ano. A decisão publicada no Diário Legislativo, demonstra a continuidade de suas carreiras políticas em outras esferas do governo estadual.
Os nomeados para o cargo de Assessor Júnior da Secretaria (AJS) da Secretaria da Assembleia Legislativa são: Hilário Roepke (PSB), conhecido como Hilário Gatinha, ex-prefeito de Santa Maria de Jetibá; João Paulo Schettino Mineti (sem partido), o Paulinho Mineti, ex-prefeito de Venda Nova do Imigrante; Hélio Carlos Ribeiro Cândido (PSB), o Cacalo, ex-prefeito de Muqui; Robertino Batista da Silva (PDT), o Tininho, ex-prefeito de Marataízes; e Jaime Santos Oliveira Junior (PSB), o Jaiminho, ex-prefeito de Ponto Belo.
O cargo de AJS oferece um salário de R$ 3.688,13 para uma carga horária de 40 horas semanais. Além do salário, os servidores do legislativo recebem auxílio-alimentação de R$ 1.949,45 e auxílio-saúde. Este pacote de benefícios representa um atrativo adicional para os **ex-prefeitos em cargos comissionados**.
Hilário Gatinha, com dois mandatos consecutivos, não indicou um sucessor publicamente. Paulo Mineti, eleito vice-prefeito em 2016, assumiu a prefeitura em 2019 após o falecimento do então prefeito Braz Delpupo, sendo reeleito em 2020. Cacalo, prefeito por um mandato (2021-2024), apoiou Frei Paulão (PSB) na última eleição, que perdeu para o atual prefeito Camarão (PL).
Tininho, com três mandatos na prefeitura de Marataízes (2017-2024), não conseguiu eleger seu sucessor, Luiz Almeida (Republicanos). Jaiminho, também com três mandatos em Ponto Belo, tem o atual prefeito, Marcos Coutinho (MDB), como parte de seu grupo político. A nomeação de **ex-prefeitos em cargos comissionados** pode ser uma estratégia para fortalecer alianças políticas.
Nos bastidores, especula-se que as nomeações podem estar ligadas a acordos políticos. Durante as negociações entre o governo do Estado e o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), sobre a eleição da Mesa Diretora, teria sido acordado que a Ales nomearia lideranças e ex-prefeitos da base aliada.
Três dos cinco nomeados são filiados ao PSB, partido do governador Renato Casagrande, reforçando a tese de um possível acordo para abrigar aliados políticos. O governo Casagrande também abriu espaço para outros ex-prefeitos, com sete ex-gestores integrando a administração, incluindo Sergio Vidigal (PDT, Serra), Victor Coelho (PSB, Cachoeiro) e Guerino Balestrassi (MDB, Colatina) em cargos de secretários. Essas movimentações visam fortalecer a base aliada para as próximas eleições.
Além do governo, Marcelo Santos, presidente da Assembleia e pré-candidato a deputado federal, também busca fortalecer suas alianças nos municípios. A expectativa é que as eleições de 2026 sejam disputadas, e o apoio de lideranças regionais será fundamental. Marcelo tem se articulado no estado, dialogando com lideranças e negociando apoios partidários, visando consolidar sua posição para o próximo pleito.
A nomeação dos **ex-prefeitos em cargos comissionados** e as articulações políticas em curso indicam um cenário de preparação para as eleições de 2026, onde cada voto e apoio regional serão determinantes.