A ex-CEO da IBM, Ginni Rometty, destacou a importância de fazer as perguntas certas na Corrida pela IA global. Essa busca pela liderança em Inteligência Artificial vai além de dados e algoritmos. Envolve a capacidade de direcionar a tecnologia para soluções estratégicas. EUA, China e Índia lideram essa corrida, buscando moldar o futuro com a IA. Investem pesado não só em inovação, mas em definir o papel da IA na sociedade.
Os EUA apostam alto no capital privado. Gigantes como Amazon, Google e Microsoft investem bilhões em infraestrutura de IA, visando oportunidades de mercado. Projeções indicam US$ 325 bilhões em investimentos até 2025, um aumento de 46%. A Amazon, por exemplo, direciona recursos para a AWS, sua plataforma de nuvem e IA. Entretanto, investidores questionam esses gastos diante de modelos open-source como o chinês DeepSeek, que oferece resultados similares a custos menores. A estratégia americana prioriza inovação com pouca regulamentação.
A China combina regulamentações, incentivos e investimentos. Seu ecossistema de IA, avaliado em mais de US$ 70 bilhões, conta com cerca de 4.300 empresas. O DeepSeek, rivalizando com a OpenAI, exemplifica essa abordagem. Com foco em saúde, manufatura e energia, a China integra inovação à indústria. O Next Generation AI Development Plan reforça a ambição de se tornar um hub global até 2030. A China busca liderança, mas enfrenta desafios como dados fragmentados e falta de talentos.
A Índia foca em construir uma base nativa com investimento em capital humano. Criou três Centros de Excelência em IA para saúde, agricultura e cidades sustentáveis, com orçamento de US$ 120 milhões em cinco anos. A campanha “Make AI in India and Make AI Work for India” demonstra sua ambição global. Investem em infraestrutura digital e qualificação, buscando parcerias e modelos open-source.
A colaboração internacional é crucial para definir padrões éticos e regulatórios da Corrida pela IA global. Soberania de dados e governança responsável exigem esforços conjuntos. Mercados emergentes, como o Brasil, enfrentam decisões estratégicas: aliar-se a potências, usar frameworks open-source ou desenvolver suas próprias infraestruturas? Governos, empresas e academia precisam unir esforços.
A Corrida pela IA global redefine a geopolítica e a economia. EUA, China e Índia trilham caminhos distintos. O futuro dirá qual abordagem prevalecerá. Estamos no início dessa jornada transformadora, onde a IA moldará o progresso global. Líderes, empreendedores e governos precisam se engajar para definir suas estratégias.
Via Exame
