Reeleição de Ednaldo Rodrigues na CBF traz compromisso de combater discriminação

Ednaldo é reeleito presidente da CBF e promete ações contra a discriminação no futebol.
24/03/2025 às 15:07 | Atualizado há 3 meses
Reeleição de Ednaldo Rodrigues
Ednaldo Rodrigues é reeleito presidente da CBF em meio a desafios e expectativas. (Imagem/Reprodução: Eshoje)

A Reeleição de Ednaldo Rodrigues para a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi confirmada nesta segunda-feira (24), marcando o início de um novo ciclo de gestão. Sem oposição após a tentativa frustrada de candidatura do ex-jogador Ronaldo, Ednaldo Rodrigues foi aclamado para continuar no comando da entidade. A expectativa agora se volta para o cumprimento de suas promessas, especialmente no combate à discriminação no futebol.

A confirmação da Reeleição de Ednaldo Rodrigues veio após o apoio massivo das federações e clubes, um cenário comum nas eleições da CBF. Com o suporte de todas as 27 federações e de 26 clubes, a eleição se tornou uma formalidade, consolidando o poder do atual mandatário. Seu novo mandato, que se estende de março de 2026 a março de 2030, terá como foco o combate ao racismo e outras formas de discriminação.

O lema da chapa de Ednaldo, “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”, destaca o compromisso com a igualdade no esporte. Apesar do foco na inclusão, a ausência de mulheres entre os vice-presidentes gerou debates, com a chapa composta por oito homens. O combate ao racismo, no entanto, é a principal bandeira de sua gestão, colocando-o em desacordo com a CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol).

A disputa com a Conmebol se acentuou após a CBF discordar de uma carta conjunta contra o racismo, alegando discordância com a condução dos casos. Em um documento, Rodrigues criticou Alejandro Domínguez, presidente da confederação sul-americana, mencionando o caso de racismo contra o jogador Luighi, do Palmeiras, na Libertadores Sub-20. A CBF argumenta que as punições aplicadas pela entidade foram insuficientes diante da gravidade do ocorrido.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação sobre uma possível omissão da CBF na defesa do jogador do Palmeiras, apurando negligência na condução do caso. A CBF tem dez dias para responder aos questionamentos do MPF, com reunião agendada para discutir o tema. Além desse caso, Ednaldo Rodrigues enfrentará cobranças por ações efetivas contra o racismo no futebol brasileiro e em competições internacionais.

A nova redação do estatuto da CBF permite que Ednaldo concorra a uma nova Reeleição de Ednaldo Rodrigues ao final deste mandato, podendo permanecer no cargo até 2034. Sua primeira gestão foi marcada por crises na seleção, trocas de técnicos e disputas judiciais, incluindo um afastamento temporário por decisão do TJ-RJ, revertido pelo STF. A expectativa agora é que seu segundo mandato seja pautado pela transparência, inclusão e, principalmente, pelo combate ao racismo.

Via eHoje

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