Enquanto o governador Renato Casagrande (PSB) está de férias, o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) assume o governo do Espírito Santo. Ferraço sancionou uma lei que cria crédito para construção de barragens, um tema que se torna metáfora para o cenário político estadual. O Plano Ricardo Ferraço para a sucessão de Casagrande enfrenta desafios.
A candidatura de Ferraço, apoiada por Casagrande, enfrenta obstáculos. Três fatores ameaçam a solidez do plano: a ambição de Euclério Sampaio (MDB), a saída de Arnaldinho Borgo do Podemos e a nova federação entre PP e União Brasil. Para Ferraço ter sucesso, é crucial manter a ampla coalizão que apoia o governo atual.
A unidade partidária é fundamental para o Plano Ricardo Ferraço se firmar como a única opção do Palácio Anchieta. O apoio de figuras-chave como Josias da Vitória (PP), Gilson Daniel (Podemos), Sérgio Vidigal (PDT), Euclério Sampaio e Arnaldinho Borgo é essencial. Ferraço já declarou apoio a qualquer um desses nomes e se colocou à disposição para recebê-lo de volta.
Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica, demonstra abertamente sua intenção de concorrer ao governo estadual. Ele acredita ser um forte candidato e só desistiria se Casagrande insistisse na candidatura de Ferraço. Sampaio aposta que Ferraço não se viabilizará e, por isso, já se movimenta politicamente.
Arnaldinho Borgo, ex-Podemos, busca um partido com maior influência para uma possível candidatura ao governo em 2026. A saída do Podemos demonstra sua intenção de controlar seus movimentos políticos. Borgo busca evitar que Lorenzo Pazolini (Republicanos), prefeito de Vitória, conquiste o governo estadual, o que poderia atrasar seus planos por oito anos.
A federação entre PP e União Brasil, liderada por Josias da Vitória no estado, adiciona incerteza ao Plano Ricardo Ferraço. Da Vitória, aliado de Casagrande e Pazolini, não garante apoio a Ferraço. A nova federação aumenta o poder de barganha do grupo nas negociações para 2026. Eles podem lançar um candidato próprio ou negociar a vaga de vice-governador.
O grupo de Pazolini aposta que muitos aliados de Casagrande duvidam do sucesso do Plano Ricardo Ferraço. Acreditam que outros nomes, como Vidigal e Arnaldinho, devem se manter ativos politicamente para o caso de Ferraço não se viabilizar. A movimentação política se intensifica nos bastidores do Espírito Santo.
Via ES360