Autoprodução de energia ganha destaque ao atrair clientes com tarifas reduzidas

Conheça o crescimento do mercado de autoprodução com energia mais barata e suas vantagens para os consumidores.
28/03/2025 às 06:24 | Atualizado há 6 meses
Autoprodução de energia
Novo modelo de contratação deve impactar 1 GWm de energia até 2025, segundo consultoria. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

No cenário energético brasileiro, a autoprodução de energia vem ganhando espaço, impulsionada pela busca por eficiência e sustentabilidade. A Thymos Energia aponta que essa modalidade está atraindo consumidores com demandas menores e diversificadas, após um período de crescimento concentrado em grandes indústrias. A expectativa é que, em 2025, a autoprodução movimente cerca de 1 gigawatt-médio (GWm) de energia.

Apesar do contínuo interesse de grandes consumidores, empresas menores também estão considerando a autoprodução como uma alternativa viável, conforme explica Jaison Chamberlain, gerente de Novos Negócios da Thymos. Essa mudança no perfil dos interessados reflete uma tendência de descentralização na geração de energia.

No mercado, observa-se um movimento de geradores que desenvolvem produtos voltados para cargas mais pulverizadas. No modelo de autoprodução, o consumidor se torna sócio do gerador, obtendo isenção de alguns encargos, especialmente ao optar por energia renovável. Essa estratégia auxilia as empresas a diminuir custos e cumprir metas ambientais.

Essa possibilidade é oferecida no mercado livre de energia, onde o consumidor tem a liberdade de escolher seu fornecedor. Desde janeiro de 2024, todos os consumidores de média e alta tensão podem aderir a esse mercado. A abertura do mercado livre contribuiu para o crescente interesse na autoprodução por parte de clientes menores, com cargas em torno de 10 megawatts médios (MWm).

Chamberlain ressalta que um dos principais desafios ao atender esse novo perfil de consumidor é a complexidade do modelo de contratação. Muitas vezes, clientes para quem a energia não representa um custo central em suas operações podem se sentir distantes dos conceitos de mercado, o que dificulta a compreensão e a confiança na estruturação do projeto.

A Thymos estima que um acordo nesse modelo leva de oito a doze meses para ser concretizado. A consultoria registrou um aumento significativo na procura por estruturação de acordos de autoprodução no final do ano passado, o que se traduzirá em novos negócios fechados ao longo de 2025.

Nos últimos três anos, a Thymos auxiliou na estruturação da implantação de mais de 2 GW de capacidade instalada no modelo de autoprodução, representando cerca de 40% dos contratos desse tipo firmados no Brasil no período.

O crescente interesse na autoprodução de energia por empresas menores, impulsionado pela busca por sustentabilidade e economia, sinaliza uma mudança importante no setor energético brasileiro. A expectativa é que essa tendência continue a se fortalecer, com a adaptação de modelos de contratação e a crescente conscientização sobre os benefícios da geração distribuída.

*Via InfoMoney*