Descubra a Oliveira de Vouves, árvore milenar que testemunhou a história de Alexandre, o Grande

Conheça a incrível oliveira que presenciou momentos marcantes do Império de Alexandre, o Grande.
29/03/2025 às 05:41 | Atualizado há 6 meses
Oliveira de Vouves
A oliveira de Vouves: um tesouro botânico e cultural do patrimônio grego. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A Oliveira de Vouves, localizada em Creta, é uma árvore milenar que se destaca não só por sua idade estimada entre 2.000 e 4.000 anos, mas também por ter presenciado a ascensão e queda de civilizações. Reverenciada por sua resiliência, ela simboliza resistência, sabedoria e continuidade, representando um elo entre o passado e o presente.

A Oliveira de Vouves é um monumento vivo da história. Sua estrutura robusta e adaptada ao longo dos séculos permitiu que resistisse a secas, mudanças climáticas e até intervenções humanas, mantendo sua capacidade de produzir frutos. Essa oliveira é mais antiga que o Partenon, tornando-se um símbolo cultural importante para o patrimônio grego.

O segredo da longevidade da Oliveira de Vouves está na sua capacidade de reprodução vegetativa ou clonal. A “raiz-mãe”, uma rede subterrânea, permite que a árvore brote novos ramos mesmo após a estrutura acima do solo envelhecer ou ser danificada. Esse processo regenerativo garante a sobrevivência da oliveira em condições ambientais adversas.

Em nível celular, as oliveiras possuem mecanismos bioquímicos que reparam tecidos danificados e combatem patógenos. Esses processos envolvem antioxidantes e proteínas de resposta ao estresse, que mantêm a integridade celular ao longo dos séculos. O óleo produzido pelas oliveiras também possui propriedades antimicrobianas e antifúngicas, contribuindo para sua longevidade.

Além de seu valor histórico e biológico, as oliveiras desempenham um papel crucial no meio ambiente e no bem-estar humano. Seus frutos são ricos em polifenóis, vitaminas e gorduras saudáveis, que contribuem para a saúde cardiovascular e reduzem inflamações. A produção de azeite, um importante produto derivado das azeitonas, promove práticas agrícolas sustentáveis e garante o sustento de comunidades.

O cultivo de oliveiras e a produção de azeite são atividades que têm raízes profundas nas economias e tradições culinárias do Mediterrâneo desde a antiguidade. Além de seu uso na culinária, o azeite tem sido utilizado em cosméticos, medicina e rituais religiosos. Os olivais, onde essas árvores crescem, são parte essencial da paisagem mediterrânea, apoiando a biodiversidade, prevenindo a erosão do solo e promovendo a retenção de água.

Os olivais, com árvores como a Oliveira de Vouves, são mais do que paisagens pitorescas; eles são fundamentais para a manutenção da biodiversidade, atuando como habitats para diversas espécies e contribuindo para a estabilidade dos ecossistemas locais. A preservação dessas áreas, portanto, transcende a mera conservação de árvores milenares, abrangendo a proteção de um patrimônio natural e cultural de valor inestimável.

O impacto ambiental e econômico das oliveiras se estende por séculos, influenciando práticas agrícolas e estilos de vida em diversas culturas. A sustentabilidade na produção de azeite e o manejo adequado dos olivais são essenciais para garantir a continuidade desses benefícios, assegurando que futuras gerações possam desfrutar dos frutos dessa relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.