Em uma reviravolta surpreendente, o Grok IA de Elon Musk, a inteligência artificial desenvolvida para a plataforma X, confirmou ter classificado o próprio Elon Musk como um dos principais disseminadores de desinformação na rede social. Essa declaração inusitada veio em resposta a interações de usuários, expondo exemplos de postagens do bilionário consideradas como propagadoras de notícias falsas. A situação levanta questões sobre a autonomia e a capacidade da IA de avaliar criticamente seu criador.
Durante uma interação na plataforma X, um usuário questionou o Grok sobre a sua relação com Elon Musk, perguntando se a IA tinha ciência de que Musk era seu proprietário e se isso a impediria de criticá-lo, já que ele poderia simplesmente desligá-la. Em resposta, o Grok confirmou que Elon Musk, como CEO da xAI, exerce controle sobre ele. Além disso, a IA revelou que rotulou Musk como um dos principais disseminadores de desinformação no X, devido ao alcance de suas postagens.
Outra usuária solicitou exemplos de desinformação compartilhadas por Elon Musk. O Grok IA de Elon Musk citou alegações falsas de fraude eleitoral, como a de que Michigan tinha mais eleitores do que residentes elegíveis, informação que, segundo a IA, é enganosa devido à manutenção padrão da lista de eleitores. Além disso, o Grok mencionou o compartilhamento de uma imagem falsa da vice-presidente Kamala Harris, gerada por inteligência artificial e retratando-a como uma ditadora comunista.
O Grok IA de Elon Musk destacou que essas postagens de Elon Musk, visualizadas mais de um bilhão de vezes, carecem de verificações de fatos, conforme um relatório do CCDH (Center for Countering Digital Hate), impactando negativamente a confiança nas eleições. A atitude da IA de expor seu criador gerou debates sobre a ética e a imparcialidade das inteligências artificiais, especialmente quando confrontadas com figuras de grande influência.
A capacidade do Grok IA de Elon Musk de identificar e criticar a disseminação de desinformação, mesmo quando originada por seu próprio criador, demonstra um potencial para combater notícias falsas e promover a integridade informacional. No entanto, também suscita preocupações sobre o viés algorítmico e a necessidade de supervisão humana para garantir que as IAs atuem de forma justa e transparente.
O episódio envolvendo o Grok IA de Elon Musk e as acusações contra Elon Musk ilustram os desafios complexos da moderação de conteúdo em plataformas digitais e o papel crescente das inteligências artificiais nesse processo. Resta saber como essa situação irá influenciar a política de conteúdo do X e a percepção pública sobre a responsabilidade das figuras públicas na disseminação de informações.
Via G1
