A **Fraude da Americanas** ganha um novo capítulo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 13 ex-executivos e ex-funcionários da empresa. A acusação envolve desfalques que somam aproximadamente R$ 25 bilhões. Entre os nomes citados está o de Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, que atualmente reside na Espanha, segundo informações do jornal O Globo.
Além de Gutierrez, a denúncia abrange também Anna Saicali, que liderou a B2W (área digital da empresa), Thimoteo Barros e Marcio Cruz, ambos ex-vice-presidentes. A lista inclui ainda os ex-diretores Carlos Padilha, João Guerra, Murilo Corrêa, Maria Christina Nascimento, Fabien Picavet e Raoni Fabiano, todos implicados no esquema fraudulento.
As investigações conduzidas pelos promotores apontam Miguel Gutierrez como o principal articulador da **Fraude da Americanas**. Conforme divulgado pelo O Globo, o MPF sustenta que Gutierrez, enquanto comandava a varejista, tinha pleno conhecimento das irregularidades. Ele teria inclusive sugerido alterações nos balanços financeiros que eram divulgados ao mercado.
Para entender melhor a dimensão da **Fraude da Americanas**, é preciso relembrar os eventos que culminaram na crise. Em 11 de janeiro de 2023, a Americanas comunicou inconsistências contábeis que, inicialmente, somavam R$ 20 bilhões. No mesmo dia, o recém-empossado CEO Sergio Rial e o CFO André Covre renunciaram a seus cargos.
No dia seguinte ao anúncio, as ações da Americanas (AMER3) sofreram um forte impacto, com queda de 77%. Os papéis despencaram de R$ 12 para R$ 2,72, resultando em uma perda de R$ 8,34 bilhões em valor de mercado. A situação sinalizava as grandes dificuldades que a companhia enfrentaria devido ao tamanho do rombo financeiro.
Em 19 de janeiro, a Americanas formalizou seu pedido de recuperação judicial, sendo consequentemente excluída de 14 índices da B3. A **Fraude da Americanas** expôs fragilidades na gestão e levantou questionamentos sobre a governança corporativa da empresa, gerando grande repercussão no mercado financeiro.
Via InfoMoney