A Operação Overclean desvios de emendas, que investiga o desvio de recursos públicos, teve um novo capítulo com buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal (PF). O empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, é um dos principais alvos da operação. Além dele, o secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, também está sob investigação e foi afastado do cargo.
A ação da PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju. A Operação Overclean, agora em sua terceira fase, apura fraudes em contratos e superfaturamento de obras públicas, com um montante que pode chegar a R$ 1,4 bilhão. As investigações abrangem contratos de prefeituras em diversos estados, como Bahia, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro e Goiás.
Os crimes sob apuração são graves, como corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. A Polícia Federal aponta que o esquema envolvia negociação de propina com servidores públicos e investiga se houve participação de deputados que indicaram as emendas parlamentares. O deputado Elmar Nascimento (BA) foi citado no inquérito, que agora tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao seu foro privilegiado.
José Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, é apontado como figura central no esquema, utilizando sua influência política para facilitar contratos superfaturados. Ele já havia sido preso, mas obteve habeas corpus para aguardar o andamento das investigações em liberdade. A PF continua aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos.
A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) estão trabalhando em conjunto para detalhar o esquema de fraudes e o destino dos recursos desviados. A expectativa é que a Operação Overclean continue a revelar novas informações sobre o desvio de emendas parlamentares e a corrupção em contratos públicos.
