O Banco Central (BC) lançou um pacote de atualizações para o sistema de pagamentos instantâneos **Pix**, com implementação gradual a partir de setembro de 2025. As **novas funções do Pix** incluem o aguardado parcelamento de valores, a utilização de garantias em transações e melhorias significativas na segurança.
As mudanças foram apresentadas por diretores do BC durante um evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A iniciativa faz parte da agenda de inovação do Banco Central, que busca expandir as funcionalidades do Pix e atender às necessidades de diversos usuários e instituições financeiras.
O “Pix Garantido” é uma das grandes novidades, permitindo o parcelamento de pagamentos de forma similar ao cartão de crédito. Uma instituição financeira garante o valor integral, enquanto o cliente paga de forma parcelada. A operação pode ser contratada no momento da compra ou posteriormente, como uma conversão de compra à vista em financiamento.
Segundo o BC, essa modalidade oferece segurança ao recebedor, que tem a garantia do valor total, e facilita o pagamento para o pagador. A estrutura também poderá ser utilizada em aluguéis, serviços e aquisição de bens de maior valor.
Outra inovação é o Pix Automático, ideal para pagamentos recorrentes como mensalidades e assinaturas. O usuário autoriza previamente os débitos programados, eliminando a necessidade de ações manuais a cada vencimento. O objetivo é aumentar a competitividade no segmento de cobranças recorrentes, atualmente dominado por boletos e débitos em conta.
As medidas também incluem melhorias nos protocolos de segurança, com foco em autenticação e prevenção de fraudes. O Banco Central pretende usar dados agregados e inteligência artificial para identificar comportamentos atípicos e aumentar a confiabilidade do sistema sem comprometer a agilidade.
Essas **novas funções do Pix** fazem parte do projeto “Pix Evolução”, uma frente da agenda institucional do BC para modernizar o sistema financeiro. A implementação será progressiva, com início previsto para setembro e conclusão em 2026. Desde sua criação, em novembro de 2020, o Pix tem sido amplamente adotado no Brasil, com mais de 5 bilhões de transações em março de 2025, movimentando cerca de R$ 2,3 trilhões.
O parcelamento, segundo o BC, será uma opção oferecida pelas instituições financeiras dentro do ambiente Pix. Bancos, fintechs e outros participantes definirão taxas, prazos e condições, de acordo com seus critérios e modelos de risco. Especialistas acreditam que o parcelamento no Pix pode mudar o cenário de meios de pagamento, hoje concentrado em operadoras de cartões, reduzindo custos para lojistas e facilitando o acesso ao crédito.
A arquitetura do sistema continuará aberta à participação de novos agentes, incluindo plataformas de tecnologia, empresas de varejo e cooperativas de crédito, estimulando a concorrência. A introdução das garantias também pode beneficiar microempreendedores e autônomos, garantindo o pagamento de serviços e produtos de forma antecipada, mesmo em transações parceladas.
As próximas etapas incluem ajustes regulatórios, testes operacionais e desenvolvimento das interfaces pelas instituições participantes. O Banco Central informou que haverá fases-piloto e acompanhamento técnico contínuo até a liberação das **novas funções do Pix** ao público.
Via Startupi