Os robôs humanóides domésticos estão se tornando parte do cotidiano: entenda essa transformação

Saiba como a presença de robôs humanóides pode mudar a dinâmica doméstica e facilitar o dia a dia.
04/04/2025 às 19:33 | Atualizado há 2 meses
Robôs humanóides domésticos
Robôs humanoides estão se preparando para revolucionar o serviço doméstico. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A promessa de robôs humanóides domésticos está cada vez mais próxima de se tornar realidade. Empresas e investidores estão direcionando bilhões para o desenvolvimento de máquinas capazes de auxiliar em tarefas diárias, desde limpar a casa até trabalhar em fábricas. A startup 1X, por exemplo, planeja introduzir seu robô Neo em mais de 100 residências, marcando um passo significativo na integração da inteligência artificial em nosso cotidiano.

Desde 2015, o setor de robótica tem atraído investimentos massivos, superando US$ 7,2 bilhões. O ano passado foi particularmente expressivo, com mais de US$ 1,6 bilhão injetados em startups do ramo. Elon Musk e a Tesla também investem no Optimus, demonstrando a crescente aposta no potencial dos humanóides para revolucionar o mercado de trabalho.

Esses robôs, projetados para imitar os movimentos humanos, prometem assumir uma ampla gama de atividades, como limpeza, organização e até mesmo funções em linhas de produção. No entanto, o desenvolvimento dessas máquinas ainda enfrenta desafios. Embora vídeos impressionantes circulem na internet, a autonomia total ainda é um objetivo distante.

Ken Goldberg, professor de robótica da Universidade da Califórnia, Berkeley, ressalta que a destreza dos robôs nem sempre corresponde às expectativas. Tarefas que parecem simples para os humanos, como carregar uma lava-louças, podem ser complexas para as máquinas. A 1X, por exemplo, utiliza um técnico remoto para operar o Neo, demonstrando que a autonomia completa ainda está em desenvolvimento.

A 1X aposta em um modelo de aprendizado contínuo para aprimorar as habilidades do Neo. Através de câmeras e sensores, o robô coleta dados do ambiente doméstico, permitindo que os engenheiros da empresa expandam suas capacidades. Esse processo de aprendizado é comparado ao do ChatGPT, que aprende a escrever analisando textos da internet.

O custo de produção de um robô como o Neo é comparável ao de um carro pequeno, na casa das dezenas de milhares de dólares. Bernt Børnich, CEO da 1X, descreve a jornada de desenvolvimento como “um caminho cheio de obstáculos”, mas acredita que o Neo trará benefícios reais para os usuários.

Para atingir seu potencial, o Neo precisa registrar vídeos do ambiente doméstico, e em alguns casos técnicos irão observar a situação em tempo real. Essencialmente, este é um robô que aprende enquanto trabalha.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.