Apple enfrenta perdas pelo terceiro dia seguido devido ao tarifaço de Donald Trump

Apple enfrenta perdas pelo terceiro dia consecutivo em meio a altas tarifas impostas por Trump.
07/04/2025 às 20:38 | Atualizado há 2 meses
Tarifaço de Donald Trump
Empresa sofre queda de US$ 104 bilhões após novas tarifas de importação de Trump. (Imagem/Reprodução: G1)

A Apple enfrentou uma significativa desvalorização de mercado, perdendo US$ 104 bilhões nesta segunda-feira, como reflexo direto das políticas comerciais propostas por Donald Trump. Este é o terceiro dia consecutivo de quedas, impactando negativamente a gigante da tecnologia e outras empresas do setor. Acompanhe os detalhes dessa turbulência econômica e suas possíveis consequências.

A recente desvalorização da Apple representa uma queda de 18% em apenas três dias, totalizando uma perda de US$ 637 bilhões desde o anúncio do Tarifaço de Donald Trump na semana passada. A medida impactou fortemente a confiança dos investidores, resultando em vendas maciças de ações da empresa.

Entre as “Sete Magníficas”, grupo que reúne as maiores empresas de tecnologia do mundo, a Apple não foi a única a sentir o impacto negativo. Tesla e Microsoft também registraram perdas em seu valor de mercado. Em contrapartida, Nvidia, Amazon, Meta e Alphabet apresentaram recuperação após os primeiros dias de turbulência.

Apesar das perdas individuais, o conjunto das sete empresas apresentou um crescimento de US$ 32 bilhões nesta segunda-feira, atenuando as perdas de US$ 1,8 trilhão acumuladas na quinta e sexta-feira anteriores. A volatilidade do mercado demonstra a sensibilidade das grandes empresas de tecnologia a mudanças na política comercial.

A produção da Apple, amplamente concentrada na China (cerca de 90% dos iPhones), torna a empresa particularmente vulnerável ao Tarifaço de Donald Trump. O aumento das taxas de importação pode elevar os custos de produção em US$ 8,5 bilhões, conforme estimativas da Morgan Stanley.

Diante desse cenário, a Apple se encontra em uma encruzilhada: absorver os custos adicionais, o que reduziria sua margem de lucro, ou repassar o aumento para os consumidores. A decisão terá um impacto direto nos preços dos seus produtos, como o iPhone, iPad e Apple Watch, que representam a maior parte do seu faturamento anual, estimado em US$ 400 bilhões.

Se a Apple optar por repassar integralmente as novas taxas aos consumidores, o preço do iPhone 16 Pro Max nos Estados Unidos poderá saltar de US$ 1.599 para quase US$ 2.300, refletindo um aumento de custos de 43%, segundo projeções da Rosenblatt Securities. O Tarifaço de Donald Trump, portanto, pode encarecer significativamente os produtos da Apple para os consumidores americanos.

O cenário imposto pelo Tarifaço de Donald Trump coloca a Apple em uma posição delicada, exigindo decisões estratégicas para mitigar os impactos financeiros e manter sua competitividade no mercado global. As próximas semanas serão cruciais para definir o futuro da empresa e seus produtos.

Via G1

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.