Em momentos de crise econômica, o mercado tende a se retrair, diminuindo investimentos e adiando inovações. No entanto, a história demonstra que é em tempos desafiadores que algumas das startups mais valiosas e transformadoras surgem. Este artigo explora como as crises podem impulsionar a formação de unicórnios e como investidores podem se posicionar estrategicamente para aproveitar essas oportunidades.
O Brasil, acostumado com instabilidades econômicas, viu empresas como Nubank e 99 alcançarem o status de unicórnio. O Nubank, fundado em 2013, surgiu em um período de desconfiança no sistema bancário tradicional, destacando-se por seu modelo eficiente e foco na experiência do usuário. A 99, criada em 2012, também prosperou em meio a um cenário de baixo crescimento e inflação, sendo posteriormente adquirida pela Didi Chuxing.
A crise financeira de 2008 serviu como catalisador para o surgimento de startups que redefiniram setores inteiros, como Airbnb e Uber. Ambas aproveitaram ativos subutilizados para criar novos modelos de consumo, transformando-se em gigantes globais. Mais recentemente, a Wiz, startup de cibersegurança fundada em 2020, captou recursos em um ambiente hostil e foi adquirida pela Alphabet por US$ 32 bilhões em 2025.
Esses exemplos demonstram a capacidade de transformar adversidades em oportunidades, muitas vezes com menor custo de capital e maior disciplina operacional. Investir em momentos de crise pode ser estratégico devido a *valuations* mais racionais, fundadores focados na eficiência, menor competição por ativos e demanda por novas soluções.
O *venture capital* inteligente antecipa inflexões, identificando equipes resilientes e modelos de negócio adaptáveis, mesmo em cenários macroeconômicos desafiadores. Crises revelam oportunidades para quem busca além do óbvio. O melhor momento para investir em uma startup pode ser justamente quando o mercado parece mais incerto.
Via Startupi