A Demissão Juscelino Filho do cargo de Ministro das Comunicações marca um momento significativo no governo, decorrente de denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o investiga por corrupção passiva e outros crimes ligados ao desvio de emendas. A decisão, tomada após conversas com membros de seu partido, já era aguardada nos bastidores políticos, especialmente após o próprio presidente ter sinalizado que afastaria o ministro em caso de denúncia formal.
A saída de Juscelino Filho visa, entre outros aspectos, evitar maiores constrangimentos ao governo. Integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados e aliados do político já esperavam por esse desfecho. A **Demissão Juscelino Filho**, no entanto, precisou ser articulada para não gerar ruídos na relação entre o Executivo e o União Brasil, partido com forte representação no Congresso.
A denúncia contra Juscelino Filho foi formalizada no Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a relatoria do ministro Flávio Dino, correndo em sigilo. A corte deverá decidir se aceita a denúncia, tornando-o réu. Este caso representa a primeira denúncia da PGR contra um membro do governo Lula.
Em nota, Juscelino Filho declarou-se inocente, argumentando que a denúncia não implica em culpa e não deve ser utilizada para pautar o país pelo Ministério Público. O União Brasil, por meio de seu presidente Antonio Rueda, manifestou apoio ao ministro, reiterando confiança em seu trabalho.
Juscelino Filho já havia sido indiciado pela Polícia Federal em junho do ano anterior, sob suspeita de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. As investigações apontam para o desvio de recursos destinados a obras de pavimentação, financiadas com verbas da Codevasf.
As suspeitas recaem sobre irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire (MA), cidade administrada por Luanna Rezende, irmã do ministro. Essas obras foram custeadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino Filho quando ele era deputado federal. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) indicou que algumas dessas obras beneficiaram propriedades da família do ministro.
A investigação teve início com o objetivo de apurar desvios em obras da Codevasf, especialmente as realizadas pela empresa Construservice, cujo sócio oculto seria o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP. A **Demissão Juscelino Filho** abre espaço para especulações sobre a continuidade da reforma ministerial e possíveis reajustes nas relações políticas do governo.