A montadora chinesa **BYD** (Build Your Dreams), especializada em veículos elétricos, protocolou junto ao governo federal três pedidos de **redução de tarifas de importação** para carros e picapes que chegam ao Brasil em formato parcialmente desmontado. A informação foi divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), gerando debates no setor automotivo sobre os possíveis impactos dessa medida.
A solicitação da BYD ocorre em um momento em que a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) manifesta sua preocupação quanto à aprovação desses incentivos fiscais para grupos chineses. A entidade defende que a redução de impostos sobre CKDs (Completely Knocked Down) e SKDs (Semi Knocked Down) de carros elétricos e híbridos poderia prejudicar a indústria nacional.
Em resposta às consultas, o MDIC detalhou que a BYD formalizou dois pedidos de **redução de tarifas de importação** em 25 de fevereiro, buscando diminuir a alíquota de 35% para 10%. Esses pedidos estão abertos para consulta pública até 11 de abril, antes de serem avaliados pela Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Um dos pedidos de **redução de tarifas de importação** abrange automóveis semidesmontados e incompletos, com consumo energético inferior a 0,66 megajoule por quilômetro. O segundo pedido engloba veículos com as mesmas características, mas com autonomia de, no mínimo, 250 quilômetros em modo híbrido plugin (PBEV).
Adicionalmente, em 17 de março, a BYD apresentou um terceiro pedido de **redução de tarifas de importação**, também de 35% para 10%, para uma picape semidesmontada, de cabine dupla, capacidade de carga abaixo de 5 toneladas e sistema híbrido plugin. Este último pedido estará em consulta pública até 1º de maio, antes de ser encaminhado para análise pela Camex.
A BYD já lançou no Brasil a picape Shark, um modelo híbrido plugin. Até o momento, a montadora não se pronunciou sobre o assunto.
Via InfoMoney
