Após as devastadoras enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul se reergue com o apoio de Startups no Rio Grande do Sul. O evento South Summit Brazil, realizado no Cais de Mauá, em Porto Alegre, simboliza a retomada e destaca o papel crucial das empresas de tecnologia na reconstrução da região. Essas startups apresentaram soluções para monitoramento de água, gestão de resíduos e prevenção de alagamentos, mostrando a capacidade de inovação em momentos de crise.
As startups gaúchas têm demonstrado resiliência e capacidade de adaptação. David Santos Viega, do Sebrae-RS, ressalta que o modelo de negócios das startups, com foco em soluções ágeis, foi fundamental para a recuperação da cidade. Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com cerca de 1.800 startups, com 15% delas atuando como greentechs, focadas em sustentabilidade.
A TideSat Global, por exemplo, utiliza tecnologia de refletometria GNSS para monitorar o nível da água. Douglas Leipelt, CEO da empresa, explica que o sistema funciona como um GPS que mede a reflexão do sinal na água. Durante as enchentes, os sensores da TideSat foram os únicos a permanecer em operação em Porto Alegre, fornecendo dados essenciais para o monitoramento da situação.
Outra startup que se destacou foi a Trashin, especializada em gestão de resíduos. A empresa auxiliou na limpeza da cidade, destinando resíduos que se acumularam em grandes quantidades. Sérgio Finger, CEO da Trashin, informou que foram mais de 40 mil toneladas de resíduos que precisaram de descarte adequado. A Trashin, que nasceu com seis sócios e hoje conta com 38 funcionários, busca ampliar seu impacto ambiental positivo através da tecnologia.
A colaboração entre startups, poder público e a comunidade tem sido vital para a superação dos desafios impostos pelas enchentes. As soluções inovadoras e a mentalidade empreendedora das Startups no Rio Grande do Sul são exemplos de como a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa na reconstrução e prevenção de desastres.
Via InfoMoney