Diretor do Google Cloud defende que a IA deve impulsionar a criatividade humana

Descubra como o Google Cloud vê a criatividade humana como chave para o sucesso na inteligência artificial.
10/04/2025 às 12:32 | Atualizado há 5 meses
IA na indústria de mídia
Inteligência artificial na mídia é uma tendência irreversível, segundo Anil Jain. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A IA na indústria de mídia está transformando a criação e distribuição de conteúdo, conforme apontado por Anil Jain, diretor do Google Cloud. Em 2023, Jain já vislumbrava um futuro onde a inteligência artificial democratizaria a produção de conteúdo, otimizaria a monetização para empresas de mídia e potencializaria o trabalho dos jornalistas.

A visão de Jain parece estar se concretizando. Ele acredita que a IA generativa tem o potencial de expandir o universo criativo de forma exponencial, não para substituir a criatividade humana, mas para complementá-la e potencializá-la. Recentemente, discussões sobre propriedade intelectual e conteúdo gerado por IA ganharam destaque em diversas áreas, desde Hollywood até o jornalismo tradicional.

O Google Cloud lançou um modelo de inteligência artificial capaz de transformar texto em música, marcando um avanço significativo. Este lançamento posiciona o Google como a primeira empresa a possuir modelos de IA que convertem texto em vídeo, imagem, fala e música.

Durante a greve dos roteiristas de Hollywood em 2023, uma das principais reivindicações era a proteção dos direitos e do consentimento no uso da inteligência artificial generativa. Jain observa que a indústria de mídia está atenta a essas questões, buscando garantir que todos os colaboradores, desde atores e roteiristas até equipes de produção, sejam integrados nesse processo.

Grandes empresas de mídia, como o The New York Times e Thomson Reuters, têm movido ações legais contra empresas de tecnologia pelo uso de seus conteúdos no treinamento de IA generativa. Por outro lado, publicações como o Financial Times e o Le Monde fecharam acordos com big techs para o uso de seus conteúdos no treinamento de modelos de IA.

Jain relata que muitos jornais estão buscando maneiras de utilizar a inteligência artificial para aprimorar o jornalismo e tornar a experiência do leitor mais acessível. Essas iniciativas incluem a conversão automática de artigos em podcasts e o uso de IA conversacional para permitir a interação dos leitores com as matérias.

Ferramentas de IA podem democratizar o acesso à produção de mídia, de forma semelhante ao que a tecnologia da câmera fez há mais de 100 anos. A IA captura ideias humanas em texto, imagens, vídeo ou áudio e usa esses dados para expandir as possibilidades criativas.

O Google tem se mostrado proativo em relação à forma como desenvolve seus modelos de IA e com base em que conteúdo eles são treinados. A empresa busca licenciar informações que não são de conhecimento público, garantindo os direitos necessários para o treinamento de seus modelos. Em relação à propriedade intelectual, a IA pode servir de inspiração e estilo, mas não deve replicar ou reproduzir a propriedade intelectual de outra pessoa.

A indústria cinematográfica e de mídia está utilizando ferramentas de IA para auxiliar em efeitos especiais e pós-produção, reduzindo o tempo de edição. Algumas empresas estão criando animações baseadas em IA, utilizando a tecnologia para ampliar o alcance de talentos. É importante garantir a proteção dos dados proprietários de cada empresa, obtendo licenças e contratos que permitam o uso desses dados no treinamento de modelos de IA. A tendência é que empresas com propriedade intelectual prefiram usar a IA com seus próprios dados, sem disponibilizá-los para terceiros.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.