As tensões comerciais entre EUA e China atingiram um ponto crítico, com uma escalada de tarifas que ameaça desfazer décadas de relações comerciais. Essa disputa, que se intensificou rapidamente, pode ter consequências graves para a economia global, afetando ambos os países e seus parceiros comerciais. As ações recentes de ambos os lados indicam um possível Rompimento entre EUA e China.
A intensificação da disputa comercial supera os embates anteriores, com aumentos de tarifas ocorrendo em questão de dias e abrangendo uma gama maior de produtos. Em resposta às tarifas impostas pelos EUA, a China elevou suas próprias tarifas sobre bens americanos. A China, sob a liderança do presidente Xi Jinping, reafirmou sua determinação de “lutar até o fim”, alinhada com uma estratégia de redefinir a ordem global.
Essa postura desafiadora da China reflete uma mudança em sua relação com os EUA, que tem sido fundamental para a economia global no século 21. As empresas americanas se beneficiaram da produção chinesa, enquanto a China experimentou crescimento e redução da pobreza. No entanto, o avanço da China como potência global gerou preocupações nos EUA em relação ao controle de insumos estratégicos.
O impacto desse atrito comercial pode ser sentido globalmente. Steven Okun, CEO da consultoria APAC Advisors, questiona se os países terão que escolher entre os EUA e a China. Economistas alertam que esse impasse pode levar os EUA à recessão, enquanto a China enfrenta desafios internos, como a crise imobiliária e a baixa confiança do consumidor.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava um desempenho superior da economia americana. No entanto, muitos analistas agora veem um risco crescente de recessão nos EUA, com previsões de inflação, desemprego e desaceleração. Carl Weinberg, economista-chefe da High Frequency Economics, acredita que a recessão já começou e que a economia pode piorar significativamente no segundo trimestre.
O Rompimento entre EUA e China pode ter efeitos abrangentes na economia americana. De acordo com Wendong Zhang, da Universidade Cornell, uma grande porcentagem de produtos eletrônicos e brinquedos vendidos nos EUA são provenientes da China. Essa dependência torna a economia americana vulnerável a interrupções no comércio.
A China enfrenta seus próprios desafios, incluindo a recuperação da crise imobiliária e altos níveis de endividamento. O Goldman Sachs reduziu sua projeção de crescimento para a China, apesar das expectativas de estímulos. As tarifas dos EUA devem reduzir a demanda por produtos chineses, enquanto parceiros comerciais demonstram cautela.
Essa situação é particularmente desafiadora para pequenos negócios em ambos os países. John K. Thomas, dono de uma empresa na Califórnia, enfrenta dificuldades devido às tarifas crescentes sobre seus produtos. A China se tornou um mercado crucial para sua empresa, mas as tarifas elevadas ameaçam sua viabilidade.
Via InfoMoney