O Show intervalo Super Bowl evoluiu bastante desde 1967, quando contou apenas com o trompetista Al Hirt e bandas marciais. Este ano, Kendrick Lamar, um dos maiores nomes do rap, será o artista principal. Essa mudança reflete a transformação dos esportes americanos em um grande espetáculo, com o Super Bowl no centro das atenções. Apesar do sucesso, o Show intervalo Super Bowl teve momentos altos e baixos.
No final dos anos 2010, a NFL percebeu a necessidade de revitalizar o evento. Grandes estrelas, como Pink e Cardi B, recusavam convites. A liga parecia menos atraente para o público abaixo dos 30 anos, após os protestos de Colin Kaepernick por justiça social. A resposta da NFL foi considerada insuficiente por muitos.
Para resolver o problema, a NFL firmou uma parceria com a Roc Nation, empresa de Jay-Z. A ideia era modernizar o Show intervalo Super Bowl. O primeiro show da Roc Nation, em 2020, com Shakira, Jennifer Lopez e Bad Bunny, foi um sucesso nas redes sociais. O show do ano anterior, do Maroon 5, foi criticado e rapidamente esquecido.
Artistas como The Weeknd, Eminem, Rihanna e Usher ajudaram a resgatar o show. A apresentação de Lamar em Nova Orleans promete ser memorável. Ele recentemente venceu o Grammy e já protagonizou diversas polêmicas.
A duração da parceria entre a NFL e a Roc Nation é incerta. As partes são discretas sobre o contrato. Roger Goodell, comissário da NFL, disse que a colaboração continuaria, sem dar detalhes. Relatos indicam um contrato de cinco anos, de US$ 25 milhões, encerrado em 2024. Ambas as empresas se recusaram a comentar o assunto.
A NFL mantém sua popularidade e audiência na TV estável. No entanto, a liga busca aumentar sua base de fãs. A presença na cultura pop é fundamental para isso. Jay-Z demonstrou capacidade de produzir shows de sucesso, premiados com cinco Emmys. Isso gera expectativa para as futuras apresentações, com especulações sobre Taylor Swift e Miley Cyrus. Swift já atraiu mais audiência à NFL.
Donald Trump também pode influenciar o futuro da NFL. Durante seu primeiro mandato, ele criticou jogadores que se ajoelhavam durante o hino nacional. Ele pediu boicotes e demissões. A popularidade da liga sofreu impacto, com críticas de ambos os lados do espectro político. Dados da Morning Consult Intelligence mostram queda na popularidade em 2017, com recuperação apenas recentemente.
A parceria com Jay-Z surgiu após a apresentação fracassada do Maroon 5 em 2019. Jay-Z criticou o processo de seleção da NFL, que deixava muitos artistas insatisfeitos. O primeiro show da Roc Nation aumentou a audiência. A parceria também se mostrou benéfica após a morte de George Floyd, com a NFL se posicionando contra o racismo e doando US$ 250 milhões para causas sociais.
Inicialmente, a NFL usava músicos, atores da Broadway e bandas universitárias. A era dos superstars começou em 1993 com Michael Jackson, seguida por U2, Prince, Beyoncé e Lady Gaga. Houve também apresentações criticadas, como as do Black Eyed Peas e Maroon 5, além do incidente com Janet Jackson em 2004.
O show deste ano com Lamar é aguardado com grande expectativa, principalmente pela recente rivalidade dele com Drake. Lamar será o primeiro rapper a se apresentar sozinho no Show intervalo Super Bowl. Ele destacou que a apresentação é uma oportunidade para mostrar a cultura hip-hop. Há especulações se Lamar apresentará sua música “Not Like Us”, que alfineta Drake. A Roc Nation afirma não ter preocupações. Especialistas avaliam que Lamar é a escolha ideal para o momento.
Via InfoMoney