A recente saída do Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, marca a décima **troca de ministros Lula** desde o início do governo em 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias contra o ministro, que se junta a outros que deixaram seus cargos em meio a polêmicas. Este remanejamento ministerial levanta questões sobre a estabilidade e as prioridades do governo atual.
Desde o início do mandato, o governo Lula tem passado por diversas mudanças em sua equipe ministerial. Três ministros foram afastados devido a denúncias, incluindo Juscelino Filho, acusado de corrupção. Além dele, Gonçalves Dias (GSI) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) também deixaram seus cargos em meio a controvérsias.
A saída de Juscelino Filho ocorreu após a denúncia da PGR, com base em um relatório da Polícia Federal (PF). Ele foi indiciado por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa do ex-ministro alega inocência. O Ministério das Comunicações é parte da cota do União Brasil na Câmara, e a sigla avalia nomes para a substituição, sendo Pedro Lucas Fernandes (MA) um dos prováveis.
Em abril de 2023, Gonçalves Dias deixou o GSI após a divulgação de vídeos mostrando sua postura passiva durante os Atos Golpistas de 8 de Janeiro. Membros do governo o aconselharam a pedir demissão, prontamente aceita por Lula. Ricardo Cappelli assumiu interinamente, seguido por Marcos Amaro dos Santos em maio de 2023.
Julho de 2023 marcou a saída de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo, substituída por Celso Sabino (União-PA) para fortalecer o apoio do Centrão no Congresso. Em setembro de 2023, Ana Moser deixou o Esporte para acomodar André Fufuca (PP-MA), aliado de Arthur Lira. No mesmo mês, Márcio França foi transferido de Portos e Aeroportos para o novo Ministério do Empreendedorismo, com Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumindo sua antiga pasta.
Janeiro de 2024 viu Ricardo Lewandowski substituir Flávio Dino na Justiça. Lewandowski, com uma relação de confiança com Lula, havia sido indicado ao STF em 2006. Em setembro de 2024, Silvio Almeida deixou o Ministério dos Direitos Humanos após denúncias de assédio sexual. Macaé Evaristo (PT-MG) foi escolhida para substituí-lo.
Em janeiro de 2025, Paulo Pimenta deixou a Secom devido à queda na popularidade de Lula. O marqueteiro Sidônio Palmeira foi nomeado para melhorar a comunicação do governo. Pimenta afirmou que Lula buscava um perfil diferente para a pasta, visando popularizar as ações do governo.
Março de 2025 testemunhou a troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, com Gleisi Hoffmann assumindo a articulação política. Padilha havia sido alvo de críticas, incluindo do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira. A nomeação de Gleisi foi recebida com opiniões divididas, com alguns temendo uma radicalização.
As constantes **trocas de ministros Lula** não apenas refletem as pressões políticas e os desafios de governabilidade, mas também levantam questões sobre a estabilidade e a capacidade do governo de implementar suas políticas de forma consistente. Resta acompanhar como essas mudanças impactarão a gestão e o cenário político nos próximos meses.