Trump defende fabricação de iPhones nos EUA, mas analista alerta para aumento de custos pelo triplo

Analista aponta que iPhone fabricado nos EUA teria custo elevado, três vezes maior que o atual.
11/04/2025 às 17:32 | Atualizado há 4 meses
Fabricação de iPhones nos EUA
Custos trabalhistas e desafios logísticos elevam a produção de aparelhos nos EUA. (Imagem/Reprodução: G1)

Analistas apontam que a transferência da produção de iPhones da China para os Estados Unidos é inviável no curto prazo. Essa mudança triplicaria o custo do aparelho, em meio à tensão comercial entre EUA e China, onde tarifas foram impostas por ambos os lados. O objetivo de Donald Trump de fortalecer a indústria nacional esbarra na complexidade da cadeia de produção da Apple.

A ideia de ter a Fabricação de iPhones nos EUA esbarra em custos elevados. Segundo Dan Ives, analista da Wedbush Securities, um iPhone fabricado nos EUA poderia custar mais de US$ 3.000, um aumento drástico em relação aos US$ 1.000 cobrados por um modelo fabricado na China. Para ele, essa mudança inviabiliza a produção nos EUA devido ao impacto nos preços.

Especialistas do Bank of America estimam que a Fabricação de iPhones nos EUA elevaria os custos em 90%. Os principais fatores seriam os custos trabalhistas e a dificuldade de mover a complexa cadeia de produção para os Estados Unidos. A Apple construiu sua rede de fabricação na China desde a década de 1990, tornando a transição desafiadora.

Os custos com trabalhadores nos EUA aumentariam em 25% os gastos de produção, segundo o Bank of America. A dependência de componentes importados da China também persistiria por um tempo. Dan Ives ressalta que a transferência completa da cadeia de suprimentos levaria pelo menos três anos e exigiria um investimento de US$ 30 bilhões.

Apesar dos planos da Apple de investir US$ 500 bilhões nos EUA até 2028, o foco não é a Fabricação de iPhones nos EUA. O investimento visa financiar um data center no Texas para desenvolvimento de inteligência artificial. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, já mencionaram a possibilidade de fabricar o aparelho no país.

Via G1

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