Durante o Julgamento antitruste do Google nos Estados Unidos, documentos revelaram que a empresa considerou acordos de exclusividade com fabricantes Android, como a Samsung, para seu sistema de busca, Gemini AI e navegador Chrome. O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) alega monopólio nas buscas online, buscando a venda do Chrome e outras medidas para restaurar a concorrência.
O **Julgamento antitruste do Google**, que já está em sua segunda semana e deve durar três, coloca o Google e o governo dos EUA em lados opostos. Uma decisão desfavorável pode levar ao desmembramento da gigante tecnológica. Em outra ação, uma juíza federal já concluiu que o Google detém o monopólio na publicidade online, com autoridades pedindo a venda de parte de sua plataforma de anúncios.
O juiz Amit Mehta, em decisão anterior, já havia constatado que o Google protegeu seu monopólio por meio de acordos exclusivos para instalar seu mecanismo de busca como padrão em dispositivos. Recentemente, o Google flexibilizou acordos com Samsung, Motorola e operadoras como AT&T e Verizon, permitindo que exibam ofertas de buscadores rivais. A empresa afirma ter reiterado aos parceiros que os acordos não proíbem a instalação de outros produtos de IA.
O Departamento de Justiça busca proibir o Google de realizar pagamentos para garantir a instalação de seu aplicativo de busca. Promotores temem que o monopólio do Google em buscas lhe dê vantagens em inteligência artificial, direcionando ainda mais usuários para seu buscador. O processo foi aberto em 2020, ainda no governo Trump, movido pelo DOJ e uma coalizão de procuradores-gerais estaduais.
No primeiro dia do **Julgamento antitruste do Google**, o DOJ alegou que medidas rigorosas são necessárias para impedir que o Google use sua IA para ampliar seu domínio. As propostas incluem o fim dos acordos de exclusividade, o licenciamento de resultados de pesquisa para concorrentes e a venda do sistema operacional móvel Android, caso outras medidas falhem.
O Google argumenta que as medidas propostas pelo DOJ “atrasariam a inovação norte-americana em um momento crítico”. A empresa defende que seus produtos de IA estão fora do escopo do caso, que se concentra nos mecanismos de busca. O chefe de produto do ChatGPT, Nick Turley, testemunhou sobre o impacto dos acordos exclusivos do Google na distribuição de produtos de inteligência artificial.
Via G1