Fenícios no Mediterrâneo: cultura exportada, mas ausência de genes em colônias

Descubra como os fenícios espalharam sua cultura, mas não seus genes, nas colônias do Mediterrâneo.
24/04/2025 às 08:06 | Atualizado há 3 meses
Fenícios no Mediterrâneo
Colônias fenícias reuniam principalmente europeus, não do Oriente Médio. (Imagem/Reprodução: Redir)

Um estudo recente revelou uma descoberta surpreendente sobre os Fenícios no Mediterrâneo: apesar de serem exímios navegadores e terem fundado colônias importantes, seu impacto genético nas populações dessas colônias foi mínimo. Essa revelação desafia a ideia de que a expansão fenícia resultou em uma significativa mistura genética nas regiões onde se estabeleceram.

Essa pesquisa lança uma nova luz sobre a influência dos fenícios, focando mais em seu legado cultural e comercial do que em sua contribuição genética. Conhecidos por sua habilidade marítima e por estabelecer rotas comerciais por todo o Mediterrâneo, os fenícios também ficaram marcados na história por sua cidade, que quase rivalizou com Roma em poder e influência.

O estudo sugere que, embora os fenícios tenham disseminado sua cultura e conhecimentos por meio de suas colônias, eles não deixaram uma marca genética substancial nas populações locais. Isso indica que a interação entre os fenícios e os povos que habitavam as regiões onde se estabeleceram pode ter sido mais focada no intercâmbio cultural e comercial do que na miscigenação.

Essa descoberta desafia a visão tradicional de que a expansão colonial sempre leva a uma significativa troca genética entre os colonizadores e a população local. No caso dos fenícios, parece que sua influência foi mais cultural e econômica, com um impacto genético relativamente pequeno. Isso pode refletir as dinâmicas sociais e demográficas da época, bem como as características específicas da expansão fenícia no Mediterrâneo.

As implicações desse estudo são significativas para a compreensão da história e da genética das populações do Mediterrâneo. Ele destaca a importância de considerar a complexidade das interações entre diferentes grupos humanos ao longo do tempo, e como a influência cultural e genética nem sempre andam de mãos dadas.

Via Folha de São Paulo

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