A crescente **preocupação** no mundo corporativo é evidente diante das Tarifas de Trump, que continuam a impactar diversos setores. Empresas estão reportando aumentos de preços, revisando suas projeções financeiras e alertando sobre um futuro incerto. A instabilidade gerada pelas políticas comerciais de Donald Trump tem elevado os custos, interrompido as cadeias de suprimentos e intensificado as apreensões em relação à economia global.
Os balanços corporativos mais recentes revelam que companhias de diferentes partes do mundo enfrentaram um ambiente de incertezas significativas no primeiro trimestre. Executivos têm se esforçado para administrar as constantes mudanças impostas pelo governo Trump em sua política comercial. Essa situação desafiadora exige adaptação e planejamento estratégico para minimizar os impactos negativos.
Além disso, as declarações de grandes empresas do setor alimentício sublinham o receio de que as Tarifas de Trump e as críticas ao Federal Reserve, liderado por Jerome Powell, possam abalar a confiança do consumidor. Laurent Freixe, presidente-executivo da Nestlé, mencionou que “algumas decisões políticas e econômicas tomadas prejudicaram bastante a já fraca confiança do consumidor”. Essa percepção é compartilhada por outras empresas do setor, como a Unilever, que também reportou um declínio na confiança do consumidor nos mercados dos EUA.
Apesar da suspensão de grande parte das tarifas por um período de 90 dias, até 8 de julho, algumas taxas permanecem em vigor. Uma taxa universal de 10% e tarifas sobre as importações de alumínio, aço e automóveis ainda estão em vigor, assim como as elevadas taxas sobre produtos da China, que resultaram em medidas recíprocas por parte de Pequim. O governo Trump está considerando a possibilidade de reduzir as tarifas sobre produtos chineses importados, enquanto aguarda novas negociações entre os dois países.
Com a temporada de balanços do primeiro trimestre em andamento, as empresas estão avaliando os custos resultantes dessa turbulência e buscando estratégias para mitigar suas consequências. Procter & Gamble, PepsiCo e Thermo Fisher Scientific estão entre as empresas que reduziram suas previsões de lucros anuais, citando a instabilidade no comércio. A American Airlines também retirou sua projeção financeira para 2025, seguindo o exemplo de outras companhias aéreas.
A Hyundai Motor anunciou a criação de uma força-tarefa para lidar com os efeitos das Tarifas de Trump e transferiu a produção de alguns veículos Tucson do México para os EUA. A empresa declarou: “Esperamos que as perspectivas de negócios continuem desafiadoras devido à intensificação das guerras comerciais e a outros fatores macroeconômicos imprevisíveis”. A montadora também está considerando transferir a produção de alguns carros destinados aos EUA da Coreia do Sul para outros locais, reafirmando suas metas de lucros anuais.
Diante desse cenário, a JD.com informou que cerca de 3.000 empresas já buscaram informações sobre seu fundo de 200 bilhões de iuanes (US$27,35 bilhões), anunciado em 11 de abril, destinado a auxiliar os exportadores na venda de seus produtos no mercado interno no próximo ano. Essas iniciativas demonstram a busca por alternativas e estratégias para enfrentar os desafios impostos pelas políticas comerciais.
Em resumo, as Tarifas de Trump têm gerado preocupação generalizada entre as empresas, resultando em aumentos de preços, revisões de projeções financeiras e alertas sobre a incerteza econômica. As empresas estão se adaptando e buscando soluções para mitigar os impactos negativos, enquanto aguardam possíveis mudanças nas políticas comerciais.
Via InfoMoney