A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) manifestou preocupação com as tarifas contra o Brasil, impostas pelo governo dos Estados Unidos, alertando que a medida não prejudicará apenas os exportadores brasileiros, mas também os consumidores americanos. O anúncio das novas tarifas ocorreu após um período de suspensão de 90 dias das tarifas iniciais, que eram de 10%. A nova alíquota, significativamente maior, está programada para entrar em vigor em 1º de agosto, a menos que haja uma reversão.
O governo americano justificou a decisão, alegando uma relação comercial “injusta” com o Brasil, argumentando que as políticas comerciais brasileiras resultaram em déficits comerciais que representam uma ameaça à economia e à segurança nacional dos EUA. A ABAG, no entanto, contesta essa justificativa, argumentando que a balança comercial entre os dois países demonstra um superávit favorável aos Estados Unidos, questionando, portanto, a base econômica para a imposição de novas tarifas.
A ABAG enfatiza que a nova tarifa terá um impacto negativo em toda a cadeia produtiva exportadora do agronegócio brasileiro. Os setores que devem sentir o efeito mais forte das tarifas contra o Brasil incluem papel e celulose, carne bovina, suco de laranja, açúcar e café, produtos importantes na pauta de exportações do país. A associação espera que uma solução diplomática seja encontrada nas negociações bilaterais antes do prazo de 1º de agosto.
A ABAG reforça que essa é uma questão política que exige debate entre os países, pois a ação não apenas desfavorecerá o exportador brasileiro, mas também o consumidor americano, que poderá enfrentar aumento de preços. A imposição de tarifas contra o Brasil pode gerar impactos econômicos negativos para ambos os países, afetando o comércio e as relações bilaterais. Uma solução negociada seria fundamental para evitar prejuízos para os setores envolvidos.
Via InfoMoney