A temporada de resultados do 2T25 mostrou o desempenho de bancos como Itaú, Santander, Bradesco, e Banco do Brasil. O Itaú (ITUB4) se destacou com um lucro recorrente de R$ 11,5 bilhões, um aumento de 14,3% em relação ao ano passado. Apesar das quedas no lucro do Banco do Brasil e resultados variados dos outros bancos, o Itaú apresentou resultados sólidos apesar do cenário econômico desafiador.
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, recomenda o Itaú como a melhor ação de banco para investir neste momento. A rentabilidade e o controle da inadimplência são fatores que justificam essa escolha. O controle da inadimplência garantiu um índice de 1,9% em atraso, superior aos concorrentes e com uma carteira de crédito de R$ 1,4 trilhão ao final do trimestre.
Embora o preço das ações do Itaú esteja com um prêmio em relação aos concorrentes, sua consistência e rentabilidade o tornam atraente. A análise indica que, mesmo em tempos desafiadores, o Itaú se posiciona como uma opção firme para investidores em busca de segurança e crescimento no setor financeiro.
A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) trouxe à tona o desempenho dos principais bancos do país, incluindo Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3). Para investidores com exposição a ativos de risco, o desempenho dessas instituições impacta diretamente tanto a cotação da ação quanto o pagamento de proventos, tornando este um momento crucial para análise e decisão.
O Santander (SANB11) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,6 bilhões, um resultado abaixo das expectativas, mas ainda apresentando um crescimento de 9,8% em relação ao 2T24. Em contrapartida, o Bradesco (BBDC4) surpreendeu o mercado com um salto de 29% no lucro, atingindo R$ 6,1 bilhões no 2T25.
O Itaú (ITUB4) também apresentou um desempenho sólido, com um lucro recorrente de R$ 11,5 bilhões no 2T25, um aumento anual de 14,3%, superando levemente as estimativas do mercado. O Banco do Brasil (BBAS3), por outro lado, reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no 2T25, representando uma queda de 60% em relação ao ano anterior.
Com exceção do Banco do Brasil, que já tinha um resultado negativo previsto pelo mercado, os demais bancos registraram um aumento significativo em seus lucros líquidos, o que geralmente é um bom sinal da saúde financeira de uma empresa. No entanto, a escolha de uma ação de banco para investir envolve uma análise mais profunda.
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, destaca que, apesar dos resultados positivos de alguns bancos, apenas uma ação de banco se destaca como uma opção de investimento promissora no momento. A analista, responsável pela elaboração mensal da carteira recomendada com as 10 ações mais promissoras para investir, incluiu apenas uma ação de banco brasileiro em sua seleção.
A recomendação de Larissa Quaresma para investir em apenas uma ação de banco se baseia em quatro fatores cruciais identificados em sua análise do 2º trimestre de 2025. O banco em questão apresentou um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões no trimestre, alinhado com as projeções médias do mercado, representando uma expansão anual de 14%.
A rentabilidade do banco também cresceu, com um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 23,3%, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Além disso, o banco elevou seu guidance para o ano, indicando um lucro líquido 2,5% superior à projeção anterior, demonstrando qualidade de execução em um cenário de juros elevados.
Um dos pontos fortes destacados por Quaresma é o controle da inadimplência do banco, que se manteve estável, ao contrário do sistema financeiro como um todo. O índice de atrasos entre 15 e 90 dias diminuiu 0,1 ponto percentual, chegando a 1,7%, enquanto o índice superior a 90 dias permaneceu estável em 1,9%.
A despesa de inadimplência foi de R$ 9,1 bilhões, representando 2,6% da carteira de crédito, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e 0,3 ponto percentual abaixo do 2T24. A analista ressalta que Bradesco e Santander tiveram desempenhos inferiores nessa área, devido a reforços de provisões para um grande cliente de atacado e para o agronegócio, respectivamente.
A performance superior em crédito é outro fator que pesa na indicação da ação de banco. A carteira de crédito do banco atingiu R$ 1,4 trilhão ao final do 2T25, com uma expansão de 1,3% em relação ao trimestre anterior, o que representa um crescimento anual de 7,7%, excluindo variações cambiais.
Os segmentos de cartão de crédito (+1,6% trimestralmente) e imobiliário (+2,1%) foram os principais responsáveis por esse desempenho. A carteira de micro, pequenas e médias empresas também apresentou crescimento (+0,8%), impulsionada pelas origens em programas governamentais.
Larissa Quaresma também ressalta que a margem com o mercado, que reflete o resultado da tesouraria do banco, foi de R$ 858 milhões, uma retração de 7% em relação ao trimestre anterior e de 39% em relação ao ano anterior. Apesar de ter sido um trimestre desafiador para o setor devido à abertura das curvas de juros e alta da Selic, o banco em questão teve um desempenho superior em comparação com seus pares.
Segundo a analista, a ação de banco recomendada é a do Itaú (ITUB4). Mesmo que as ações sejam negociadas a 1,9 vezes o seu valor patrimonial, o que representa um prêmio relevante sobre seus principais concorrentes, a rentabilidade superior e a consistência na execução justificam o investimento.
A análise de Larissa Quaresma oferece uma visão abrangente sobre o cenário das ações de banco, com o Itaú (ITUB4) se destacando como uma opção promissora devido à sua rentabilidade, controle da inadimplência e performance superior em crédito. Para investidores que buscam oportunidades no setor financeiro, vale a pena considerar essa recomendação.
Via Money Times