Ações do Assaí recuam após Investor Day, mas seguem com recomendação de compra de analistas

Assaí opera em queda após Investor Day, mas analistas mantêm recomendação de compra devido à estratégia e perspectivas positivas.
19/11/2025 às 13:21 | Atualizado há 1 mês
               
Ações do Assaí
Assaí (ASAI3) lidera perdas do Ibovespa na quarta após anúncio importante. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações do Assaí (ASAI3) registraram queda de 3,05% no Ibovespa após a divulgação das estratégias no Investor Day, atingindo R$ 9,23. Apesar do cenário desafiador, a empresa anunciou novos projetos, como a criação da Diretoria de Novos Negócios e marcas próprias.

Analistas do BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA e XP destacam o foco do Assaí em equilibrar crescimento com disciplina financeira, manutenção da margem e redução do endividamento. A empresa adiou algumas expansões para priorizar a desalavancagem.

Mesmo com as dificuldades econômicas, as principais instituições financeiras mantém a recomendação de compra, acreditando na capacidade do Assaí de fortalecer sua posição e gerar valor no médio e longo prazo.
As Ações do Assaí (ASAI3) apresentaram um desempenho negativo no Ibovespa nesta quarta-feira, mesmo após a recepção positiva das estratégias de crescimento detalhadas no Investor Day. Apesar do cenário macroeconômico desafiador, o plano de expansão da varejista, juntamente com o foco na desalavancagem, tem o apoio de bancos e corretoras.

Por volta das 12h55 (horário de Brasília), as ações do Assaí registraram uma queda de 3,05%, atingindo R$ 9,23, figurando entre as maiores baixas do principal índice da bolsa brasileira. A companhia anunciou a criação da Diretoria Executiva de Novos Negócios & Inovação, com o objetivo de desenvolver novas frentes, incluindo a criação de farmácias em unidades selecionadas.

Além disso, o Assaí comunicou o desenvolvimento de produtos de marcas próprias, buscando atrair consumidores em um cenário econômico mais desafiador. Em busca de disciplina financeira e redução da alavancagem, a empresa optou por adiar alguns projetos de expansão previstos para 2026, com a previsão de abertura de cerca de dez lojas e um investimento de aproximadamente R$ 700 milhões nesse ano.

O BTG Pactual avalia que, apesar da ausência de grandes mudanças na estratégia, a administração do Assaí reforçou o compromisso de equilibrar crescimento, alocação de capital e solidez do balanço. Os analistas do banco destacam que, mesmo com o cenário de consumo ainda desafiador, a administração demonstra confiança na execução e resiliência da empresa durante o ciclo de desaceleração.

O BTG Pactual aponta que a tese de investimento do Assaí depende de três fatores essenciais: manter o SSS (vendas nas mesmas lojas) igual ou acima da inflação dos alimentos, preservar a resiliência da margem Ebitda e manter a disciplina de capex. A instituição financeira mantém a recomendação de compra para ASAI3, com a expectativa de que as melhorias na maturação das lojas e na gestão do capital de giro fortaleçam as perspectivas de médio prazo.

O Bradesco BBI também vê com bons olhos a clareza das iniciativas do Assaí para otimizar ativos e ampliar a participação na cesta do consumidor, priorizando a desalavancagem. A estratégia de explorar novas categorias e serviços financeiros parece bem direcionada, com foco no retorno sobre o capital investido (ROIC). O Bradesco BBI mantém a recomendação de compra para ASAI3, com preço-alvo de R$ 13,00.

Analistas do Itaú BBA reforçam o foco da estratégia de investimento do Assaí na melhoria da conversão de caixa e na redução do endividamento, com novas verticais estruturadas para serem escaláveis e com baixo investimento em ativos. A XP Investimentos também mantém a recomendação de compra para o Assaí, destacando que a empresa continuará focada em iniciativas estratégicas para capturar mais valor dos ativos atuais e em um forte controle sobre as despesas administrativas e comerciais.

Apesar dos desafios macroeconômicos, o Assaí busca equilibrar crescimento e solidez financeira, com foco na expansão de novas frentes e na otimização de seus ativos. A recomendação de compra das principais instituições financeiras reflete a confiança na capacidade da empresa de superar os obstáculos e gerar valor a longo prazo.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.