Ações da Azul caem até 11% após planos de reestruturação e diluição de acionistas

Ações da Azul caem até 11% devido à diluição de acionistas em processo de reestruturação e recuperação judicial.
16/12/2025 às 15:05 | Atualizado há 3 horas
               
Azul (AZUL4) enfrenta segunda queda consecutiva com temor de diluição a minoritários. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da Azul (AZUL4) sofreram queda de até 11% nesta terça-feira (16), influenciadas pela expectativa de diluição significativa dos acionistas minoritários. Essa situação está ligada ao plano de reestruturação da empresa, que inclui recuperação judicial nos EUA e redução da dívida em mais de US$ 2 bilhões.

O plano aprovado prevê a conversão dos detentores de notas em participação expressiva na empresa, com emissão de novas ações abaixo do valor patrimonial, o que pode diluir mais de 80% dos acionistas atuais. A reestruturação visa fortalecer o balanço e preparar a companhia para a retomada operacional.

Os próximos passos envolvem conversão pública das notas, aprovação da nova governança e oferta pública para injeção de capital, mudanças que devem alterar significativamente a composição acionária da Azul.

As ações da Azul (AZUL4) continuam em queda pelo segundo dia consecutivo, diante da reação do mercado à perspectiva de diluição significativa dos acionistas minoritários durante o processo de reestruturação da empresa. A companhia aérea, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11), recebeu aval judicial para seu plano que prevê redução de dívida superior a US$ 2 bilhões e captação de recursos junto à American Airlines e United Airlines.

Mesmo com a aprovação do plano pelo juiz Sean Lane em White Plains (Nova York), os analistas destacam a forte diluição dos minoritários, causada por conversão dos detentores das notas 1L e 2L, que passarão a deter aproximadamente 97% e 3% da companhia, respectivamente. Além disso, há a expectativa de emissão de novas ações com preço até 30% abaixo do valor patrimonial, o que deve causar diluição superior a 80% na base atual de acionistas.

A Azul entrou no processo de Chapter 11 este ano, seguindo o caminho das outras aéreas brasileiras em recuperação judicial. O Bradesco BBI avalia que a empresa está próxima de sair desse processo com um balanço mais fortalecido, possibilitando a retomada das operações com maior foco.

Os próximos passos incluem a conversão pública das notas e debêntures, aprovações para nova governança e oferta pública para injeção de novo capital, etapas que prometem mudar significativamente a estrutura acionária da Azul.

Via Money Times

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