Ações da JBS recuam após divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2025

JBS tem queda nas ações após resultados do 3T25, com análises apontando pontos positivos e preocupações para 2026.
14/11/2025 às 13:33 | Atualizado há 3 dias
               
Ações da JBS
JBS tem queda nas ações após resultados negativos do terceiro trimestre de 2025. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da JBS (JBSS32) registraram queda após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25). No pregão da bolsa de Nova York, as ações recuaram enquanto os BDRs no Brasil também apresentaram leve baixa de cerca de 1%.

Os analistas consideram que os números da JBS foram em geral alinhados às expectativas, com alguns resultados até superiores. Entretanto, o fluxo de caixa livre ficou abaixo do previsto, o que gerou certo receio quanto à revisão dos lucros e ao crescimento futuro.

Apesar da queda nos preços do frango e da margem Ebitda abaixo do consenso, bancos como Bank of America e BTG Pactual mantêm recomendações positivas, destacando a resiliência da empresa e o potencial de dividendos para os próximos períodos.
As Ações da JBS (JBSS32) apresentaram uma reação negativa diante dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Durante o pregão desta sexta-feira (14), houve um recuo nos papéis da companhia na bolsa de Nova York, embora o movimento tenha mostrado sinais de estabilização ao longo do dia. No Brasil, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) também registraram uma queda, com um recuo de aproximadamente 1%.

Apesar da reação inicial negativa, a avaliação geral dos analistas é de que os números apresentados pela JBS se alinharam às expectativas do mercado, e em alguns casos, até as superaram. No entanto, a XP Investimentos destacou um ponto de atenção específico: o Fluxo de Caixa Livre (FCF).

Enquanto a XP Investimentos previa um FCF de R$ 3,8 bilhões, a JBS reportou R$ 2,2 bilhões, refletindo um trimestre adicional de consumo de capital de giro. De acordo com a XP, o yield do FCF permanece em um nível pouco atrativo, gerando preocupações sobre a possibilidade de uma revisão negativa dos lucros e a ausência de fatores que impulsionem o crescimento.

Em uma postura mais conservadora para 2026, a JBS sinalizou que a tendência de queda nos preços do frango pode indicar um enfraquecimento da demanda. Além disso, a margem Ebitda ficou 1,7 ponto percentual abaixo do consenso do mercado.

O Bank of America (BofA) apresentou uma visão mais otimista, afirmando que a JBS reportou resultados mais robustos do que o esperado para o 3T25. O banco ressaltou que o Ebitda Ajustado superou suas estimativas em 6,2%, impulsionado principalmente pelo desempenho das operações nos Estados Unidos.

Segundo o BofA, todas as divisões da JBS apresentaram margens superiores no mercado norte-americano, com destaque para a de carne bovina. O desempenho positivo na Austrália também mereceu destaque. Apesar disso, o lucro líquido de US$ 581 milhões ficou 10% abaixo das projeções do banco, devido a despesas financeiras e minoritárias ligeiramente mais elevadas.

O BofA reiterou sua recomendação de compra para as Ações da JBS, com um preço-alvo de US$ 20 por ação. O banco expressou confiança na resiliência dos lucros da empresa nos próximos trimestres, sustentada pela forte demanda por proteína e pelo recente fim das proibições de exportação de frango.

O BTG Pactual classificou os resultados do 3T25 da JBS como “decentes” e “em linha” com as expectativas. O Ebitda de US$ 1,8 bilhão ficou em total consonância com a estimativa do banco. Por outro lado, o EPS (Lucro por Ação) de US$ 0,52 ficou 8% abaixo do projetado pelo BTG, impactado por despesas de juros acima do previsto.

O BTG Pactual enfatizou a robustez da plataforma global da JBS, ressaltando que a diversificação continua sendo o principal trunfo da companhia, atenuando a volatilidade e mantendo a geração de caixa. O banco reafirmou sua recomendação de compra para as Ações da JBS e acredita que, daqui para frente, a empresa deve se consolidar como uma ação focada em yield (rendimento). O BTG projeta um mínimo de US$ 1 bilhão em dividendos anuais, o que corresponderia a um yield de 7%.

O desempenho das Ações da JBS e as diferentes perspectivas dos analistas refletem a complexidade do cenário atual, onde a empresa busca equilibrar desafios operacionais com oportunidades de crescimento em um mercado global dinâmico.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.