Ações da Yduqs recuam até 8% após balanço do terceiro trimestre de 2025

Yduqs (YDUQ3) cai até 8% após resultados do 3T25. Saiba o que analistas recomendam sobre as ações agora.
14/11/2025 às 14:03 | Atualizado há 3 dias
               
Ações da YDUQ3
Yduqs cai até 8% na bolsa após resultados do terceiro trimestre divulgados hoje. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da Yduqs (YDUQ3) registraram queda de até 8% após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025. O lucro líquido caiu 35,5% em relação ao ano anterior, apesar do aumento de 5,8% no Ebitda ajustado, que superou as estimativas do mercado.

Analistas consideraram o desempenho razoavelmente alinhado às expectativas, destacando o crescimento da captação no ensino presencial e a recente regulamentação que impacta cursos na área da saúde. O fluxo de caixa gerado foi sólido, fortalecendo a estabilidade financeira da companhia.

Apesar do lucro líquido mais baixo, especialistas mantêm recomendação de compra, apontando crescimento no segmento premium e melhorias na qualidade de crédito. A perspectiva é de que a Yduqs cumpra suas metas de lucro e geração de caixa em 2025.
As Ações da YDUQ3, da Yduqs, lideraram as perdas do Ibovespa nesta sexta-feira (14), com uma queda de até 8%. Esse recuo foi uma reação aos números do terceiro trimestre (3T25) e à realização de ganhos recentes. Às 13h10 (horário de Brasília), as ações YDUQ3 registravam uma baixa de 5,69%, cotadas a R$ 12,77, após atingirem uma mínima intradia de R$ 12,40, com queda de 8,42%.

No dia anterior, a companhia educacional divulgou um lucro líquido de R$ 98 milhões no 3T25, representando uma queda de 35,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado operacional, medido pelo Ebitda ajustado, totalizou R$ 508 milhões, um avanço de 5,8% na base anual. As projeções compiladas pela LSEG indicavam um lucro líquido de R$ 142,6 milhões e um Ebitda ajustado de R$ 503 milhões.

Analistas avaliaram os números da Yduqs como razoavelmente alinhados com as expectativas. O Safra destacou que o Ebitda ajustado superou em 3% as estimativas do banco e em 1% o consenso do mercado, impulsionado por uma forte captação no segmento presencial. O segmento semipresencial também contribuiu para os resultados operacionais, com a “última chance” para o curso de enfermagem, devido a um novo marco regulatório que exige aulas presenciais para cursos da área da saúde.

A expansão da margem Ebitda surpreendeu o Santander, devido à menor provisão para devedores duvidosos (PDD) e contingências, o que pode ser positivo para a margem. O BTG Pactual considerou a geração de fluxo de caixa sólida, compensando um resultado operacional mais fraco. A geração de fluxo de caixa após capex foi de R$ 350 milhões, impulsionada pela melhora no capital de giro e por um capex estável. O fluxo de caixa para o acionista (FCFE) foi de R$ 296 milhões, totalizando R$ 610 milhões nos últimos 12 meses, aproximando a empresa da meta de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões em 2025.

Analistas da Ágora Investimentos/Bradesco BBI apontaram sinais positivos na expansão do segmento premium, com as marcas Ibmec e IDOMED, e na melhora da qualidade de crédito, apesar do crescimento modesto da receita. Mesmo com o desempenho do lucro líquido considerado mais fraco, analistas mantiveram a recomendação de compra para as Ações da YDUQ3. O BTG Pactual vê com bons olhos a consistência na geração de fluxo de caixa, com um yield de fluxo de caixa dos últimos doze meses em 17%, e espera que a empresa mantenha níveis similares em 2026.

O Bank of America (BofA) acredita que mudanças estruturais devem sustentar uma sólida geração de caixa no futuro. Para os analistas do Safra, a Yduqs segue no caminho para cumprir o guidance de Lucro por Ação (LPA) e de geração de fluxo de caixa livre.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.