Antes da era das compras online, visitar lojas de departamento antigas era um programa em família. Marcas como Arapuã, Mesbla, Mappin e Jumbo Eletro dominavam o varejo brasileiro nos anos 1970 e 1980, oferecendo eletrodomésticos, roupas e até móveis em espaços que se tornaram pontos turísticos. Hoje, muitas desapareceram, enquanto outras tentam se reinventar no digital.
A Arapuã chegou a ter 220 lojas e faturou R$ 2,2 bilhões em 1996. Mas as vendas a prazo e a inadimplência levaram a dívidas acima de R$ 1 bilhão. Após 22 anos de disputas judiciais, a Justiça decretou sua falência em 2020.
A Mesbla, aberta em 1912 no Rio, foi a maior varejista do país. Nos anos 1980, tinha 180 lojas com o slogan “vendemos tudo, menos caixão”. A concorrência de shoppings e a hiperinflação a levaram à falência em 1999. Em 2022, ressurgiu como marketplace online.
Já a Mappin, rival da Mesbla, inovou com vitrines de vidro e crediário. Comprou a Sears nos anos 1990, mas faliu em 1999. Em 2010, a Marabraz comprou a marca por R$ 5 milhões e a mantém como e-commerce.
A Ultralar surgiu em 1956 para vender fogões a gás. Expandiu para hipermercados, mas encerrou as atividades em 2000. Suas lojas foram compradas pela Casas Bahia.
Por fim, a Eletroradiobraz começou consertando rádios nos anos 1940. Virou rede de hipermercados (Jumbo Eletro) e depois Extra, vendido ao Assaí em 2021. Uma história que mostra como o varejo brasileiro se transformou em meio século.
Via Exame