Em 2024, o **Pix**, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, consolidou-se como ferramenta essencial no dia a dia dos brasileiros. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que 63% da população utilizou o Pix mensalmente para diversas transações, desde o pagamento de contas até transferências. Este estudo detalha a **adesão ao Pix** em todo o território nacional, evidenciando a sua abrangência e popularidade.
A pesquisa “Geografia do Pix”, conduzida pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, analisou dados de pagamentos de pessoas físicas ao longo de 2024. O estudo aponta que o Distrito Federal lidera o ranking de **adesão ao Pix**, com 78% da população utilizando o sistema. Em contrapartida, o Piauí registrou a menor taxa, com aproximadamente 55%.
Em termos regionais, o Sudeste destaca-se com 67% de **adesão ao Pix**, seguido pelo Centro-Oeste (65%), Sul (61%), Norte (60,5%) e Nordeste (58%). A FGV ressalta que a alta **adesão ao Pix** é observada tanto em estados mais ricos quanto naqueles com menor poder aquisitivo. Isso demonstra a capacidade do Pix de atender diferentes camadas da população.
O estudo também revela que cada usuário do Pix realizou, em média, 32 transações por mês durante 2024. Os moradores do Amazonas foram os que mais utilizaram o serviço, com 48 transações mensais. Santa Catarina, por outro lado, apresentou a menor frequência de uso, com 25 transações. Curiosamente, a pesquisa sugere que, em regiões com menor renda per capita, a **adesão ao Pix** resulta em um uso mais frequente.
No que tange ao valor médio das transações, o estudo aponta que o valor médio nacional foi de R$ 190,57. As regiões Centro-Oeste (R$ 240,37), Sul (R$ 223,84) e Sudeste (R$ 208,80) registraram os maiores valores médios, enquanto Norte e Nordeste não ultrapassaram R$ 151 e R$ 147, respectivamente. A FGV atribui essa diferença às desigualdades regionais, indicando que usuários de áreas com maior renda tendem a realizar transações de maior valor.
Um caso curioso identificado pela FGV é o de Pacaraima (RR), município na fronteira com a Venezuela, que possui um número de usuários do Pix (106.104) cinco vezes maior que o número de habitantes (19.305) registrados no Censo Demográfico de 2022. Os pesquisadores associam esse dado ao intenso fluxo migratório na região.
O estudo “Geografia do Pix” demonstra o impacto do sistema de pagamento instantâneo na vida dos brasileiros, evidenciando a alta **adesão ao Pix** em todo o país e suas particularidades regionais. O Pix se mostra como uma ferramenta de inclusão financeira, utilizada tanto para pequenos pagamentos cotidianos quanto para transações de maior valor.
Via TI Inside